Áreas política e econômica sob tensão
28/07/2009
O quebra-cabeça político envolvendo trocas de cargos não é o único
montado pelo Executivo. Na área econômica, a situação é similar. As
reuniões de repactuação com as secretarias, para estabelecer
prioridades aos investimentos e ao remanejamento de verbas entre as
áreas, representa apenas parte da engenharia financeira orquestrada
pelas secretarias do Planejamento e da Fazenda. Até agora, considerando
análise parcial de julho, as quedas na arrecadação desde o início do
ano, beiram R$ 700 milhões que eram esperados e deixaram de ingressar
nos cofres gaúchos. A situação terá reflexo direto na elaboração do
Orçamento Geral do Estado para 2010, que obrigatoriamente precisa ser
encaminhado à Assembleia até 15 de setembro. Os efeitos da crise
mundial sobre a arrecadação e as projeções de crescimento para o Brasil
e para o Rio Grande do Sul passaram a ter revisão ainda mais atenta.
Por enquanto, o Piratini aposta na ampliação do corte nos gastos com
custeio e no adiamento de investimentos em algumas áreas para conter o
impacto. Porém, internamente, já há dúvidas sobre o cumprimento da meta
de investir 10% da receita corrente líquida no ano que vem.
RADIOGRAFIA TOTAL
Equipes da Fazenda e do Planejamento estão trabalhando no relatório de
execução orçamentária do terceiro bimestre com base nos critérios da
Lei de Responsabilidade Fiscal. Quando estiver concluído, na primeira
quinzena de agosto, o documento apontará cenário praticamente
consolidado da evolução das receitas e das despesas de todos os poderes.
ESFORÇO PARTILHADO
Com as informações do relatório de execução orçamentária relativo ao
terceiro bimestre, será possível identificar o tamanho da economia
necessária para atingir o superávit primário no final do ano. Desde já,
o cenário aponta que, além do Piratini, o Judiciário, o Ministério
Público e o Legislativo também terão de entrar com suas parcelas de
esforço.
(Fonte: Taline Oppitz/Correio do Povo)
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