Com os dois pés no chão
27/07/2009
Definitivamente a governadora Yeda Crusius não está disposta a colocar em risco o equilíbrio das finanças gaúchas, que, por enquanto, é a principal bandeira positiva da tumultuada administração tucana. A pouco mais de um ano das eleições de 2010, em que o governo e os parlamentares da base terão de enfrentar as urnas, a regra é ampliar ainda mais o corte nos gastos com custeio e reduzir o ritmo dos investimentos previstos em função das sucessivas quedas na arrecadação e dos repasses da União. Nesta semana, terão continuidade as reuniões de 'repactuação' com as secretarias. A expectativa é que até quinta-feira a situação nas principais áreas esteja mapeada. O quadro será exposto então à governadora, que definirá junto com grupo seleto, quais as obras que receberão mais recursos, as que ficarão em standby e os remanejamentos de verbas que terão de ocorrer entre as secretarias. Acostumados a lançar novas frentes de gastos para obras e conquistas por meio de suplementações que acabavam não se concretizando e ampliavam anualmente o rombo nos cofres, integrantes das Pastas e parlamentares (que se beneficiavam dos anúncios junto a suas bases eleitorais) terão de enfrentar quadro inédito. Após décadas de orçamentos ficcionais, pela primeira vez em anos no Rio Grande do Sul, o Orçamento-Geral do Estado expressa a realidade e, até segunda ordem, nenhum centavo 'imaginário' será utilizado para maquiar os números e atender as demandas.
(Fonte: Taline Oppitz/Correio do Povo)
|