Técnicos Tributários participam de assembleia conjunta dos servidores públicos
Em coletiva de imprensa, Afocefe apresenta proposta para Estado superar acrise
Afocefe apresenta ao presidente da Assembleia Legislativa estudo que aponta saída para crise
NEWSLETTER
Notícias
Nota eletrônica não pode ser implantada como punição ao produtor gaúcho
14/07/2009
Forma de divulgação causa mal estar
entre produtores
A
receita estadual está prestes a implantar sistema de emissão de nota eletrônica
para o setor orizícola do RS. Segundo o órgão, o principal objetivo é obrigar
os arrozeiros gaúchos a emitir a nota pela internet, evitando possibilidade de
sonegação de impostos. De acordo com representantes das indústrias de arroz a
nota eletrônica poderá aumentar arrecadação e também elevar o beneficiamento do
grão no RS. Porém, produtores de arroz ainda não estão bem esclarecidos de como
se dará todo o processo, e se terão ou não mais despesas.
O
Coordenador da Frenteagro, deputado estadual Jerônimo Goergen (PP) ressalta ser
preciso esclarecer melhor a iniciativa para a cadeia produtiva como um todo, e
está solicitando audiência pública na AL-RS, a fim de que a fazenda apresente a
nova proposta de nota eletrônica e seus possíveis desdobramentos ao parlamento
gaúcho: “esta medida pode até ser construída para que o estado passe a ter
arrecadação e que termine sendo boa para o agricultor, porém falta
esclarecimento. por isso estou solicitando uma audiência pública para
conhecermos melhor estas propostas e tranqüilizar os produtores. a divulgação
de novidades como a nota eletrônica precisa ser bem conduzida, para não parecer
que venha a se tornar uma penalização ao setor”, avalia Jerônimo.
“as
notícias divulgadas dão a impressão que o produtor tenha o imposto sonegado. na
verdade cabe ao estado dar é competitividade para que o arrozeiro tenha renda,
como é o caso da implementação da lei 12.685 que cobra a taxa CDO sobre o arroz
importado e da isenção da cobrança da taxa CDO na exportação do arroz gaúcho”,
completa Jerônimo.
Jerônimo
Goergen ressalta ainda que há uma contradição na atitude de controlar o fluxo
de transporte de grãos por parte do executivo no RS, no que diz respeito ao
setor orizícola, já que o governo estará cobrando do produtor a adequação ao
novo sistema, mas de outra parte não implementa a fiscalização necessária sobre grãos prevista na lei 12.427, de
autoria do parlamentar.
A
lei dispõe sobre a fiscalização das condições
fitossanitárias de produtos alimentícios que entram no RS via MERCOSUL: “ da
mesma maneira em que se tem a atenção para a sonegação de impostos, deve-se ter
ação firme contra produtos irregulares ou contaminados que ingressam em nosso
Estado, e isto não está ocorrendo. é uma boa hora para o executivo aplicar
efetivamente a lei 12.427”, avalia Jerônimo.
A
Federarroz entende que é preciso tranqüilizar o produtor: “a audiência será um
importante palco para esclarecer como se dará todo o processo, e o que irá
interferir no negócio do produtor. com a nota eletrônica o controle do governo
sobre a arrecadação e sonegação será melhor. as vezes as industrias de fora
pagam mais do que industrias gaúchas, o que é salutar para o mercado e para o
produtor. mas se as indústrias gaúchas acompanharem os preços de outros
estados, o produtor dará preferência para as empresas de nosso estado”, diz o
presidente da Federarroz, Renato Rocha.