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Sonegação de 40%
18/05/2009
40% dos notebooks e 50% das câmeras digitais no Brasil são contrabandeados ou subfaturados
Uma enxurrada de eletrônicos asiáticos entra no mercado
brasileiro sem pagar impostos e provocou uma perda de mais de R$ 1 bilhão aos
cofres públicos só em 2008, revela estudo do IBL (Instituto Brasil Legal),
especializado no combate à pirataria de eletroeletrônicos. Quase 40% dos notebooks,
50% das câmeras digitais e 70% dos tocadores de música digitais (MP3 players)
vendidos no Brasil são importados de forma ilegal. A maior parte dos produtos
vem da China e Taiwan (Ásia) e entra no país via contrabando e descaminho
(subfaturamento) e falsa declaração de conteúdo nos portos e alfândegas.
"Estamos assistindo a uma invasão silenciosa de
máquinas ilegais, justamente em um momento delicado para a economia, de
retração nas vendas", diz o presidente do IBL, Edson Vismona. O
levantamento foi feito com base em dados fornecidos pela Receita Federal e pelas
consultorias do mercado de informática IDC e ITData.
Preocupação
O caso mais preocupante é dos notebooks. Dos 3,6 milhões de notebooks
vendidos no mercado brasileiro no ano passado, 1,3 milhão foram importados de forma
irregular. A perda com sonegação de impostos, só com os portáteis, é estimada
de 656,6 milhões em dólares em 2008. As máquinas ilegais têm o apelo do preço:
chegam a custar até 57% menos do que custariam, se pagos os impostos e taxas de
importação.
Três marcas - Acer, Asus e Toshiba - responderam pela venda
de 653.511 notebooks. Só 20%, ou 133.027, foram declarados à Receita, o que aponta
para uma sonegação de impostos de 291,15 milhões de dólares. A ilegalidade continuou
no primeiro trimestre de 2009: foram vendidos 105.320 notebooks das três marcas
no período. Menos de 10% foram pagos de impostos. Somente a Asus tem fabricação
local.
O avanço dos notebooks ilegais fez com que o chamado mercado
cinza (que trabalha com produtos contrabandeados) voltasse a crescer em 2008.
Isso ocorreu após retração iniciada em 2005, quando o Palácio do Planalto
passou a dar isenções fiscais para estimular a indústria local de computadores.
(AE)