Assembleia vive dia decisivo para instalação da CPI

Partidos acreditam já ter número suficiente de assinaturas para abrir comissão 
 
 
O Estado volta hoje a sua atenção para o parlamento gaúcho. À tarde, na Assembleia, os deputados vão decidir se instalam ou não, o que batizaram de CPI da Corrupção, para investigar denúncias de caixa 2 na campanha da governadora Yeda Crusius e suposto desvio de dinheiro público durante o seu governo. Os resultados da CPI, afirmam deputados, podem até mesmo culminar com o impeachment da governadora. Embora o grupo que lidera o movimento pela CPI pretenda apenas iniciar a coleta das 19 assinaturas necessárias, durante a sessão plenária da tarde, o dia é decisivo. De acordo com cálculos do grupo de parlamentares, a instalação da nova CPI é iminente. Deputados de diferentes partidos, que trabalham no convencimento de outros colegas, já diziam, ontem, que o número de assinaturas estava muito próximo de ultrapassar os 19, podendo chegar até a 20 (nove PT; um do PC do B; três do PDT; três do PMDB; dois do PSB; e dois do Dem). Eles preferiram não citar nomes e nem partidos 'para não constranger deputados'. O líder da bancada do PT, Elvino Bohn Gass, um dos empenhados em buscar assinaturas, preferiu ser cauteloso nas projeções, mas se mostrou otimista. 'Não há como evitar esta CPI, porque as denúncias, desta vez, não são da oposição, mas de integrantes do próprio governo.'