Receita vasculha Fronteira atrás de contrabando
11/05/2009
Agentes começaram ontem missão que se estenderá até fim do mês
Por terra e ar, a Receita Federal começou em Jaguarão, no sul do Estado, a identificar pontos de vulnerabilidade para os crimes de contrabando e descaminho nas áreas de fronteira gaúchas, na chamada Operação Azulão, que deve se estender até o final do mês.
Na primeira etapa, ontem, um helicóptero e uma picape percorreram a região a fim de realizar um levantamento fotográfico e audiovisual de áreas terrestres e fluviais que pudessem servir de passagem de mercadorias de forma ilegal.
Quatro agentes embarcaram no Aeroporto Internacional de Pelotas. Na cidade vizinha, três colegas os aguardavam. Equipado com sensores que permitem a visualização noturna, o helicóptero passou a sobrevoar estradas vicinais de Jaguarão, sendo acompanhado em terra pela picape.
Antes de entrar em ação, a equipe mapeou via satélite as rotas alternativas da região. Mapas oficiais foram descartados e alguns pontos vitais puderam ser traçados com o auxílio de um aplicativo de computador, explica a inspetora-chefe da Receita em Jaguarão, Priscilla Ferreira de Souza.
– A intenção foi identificar possíveis áreas que possam ser utilizadas para depósitos clandestinos – explicou.
Para tanto, os agentes percorreram 430 quilômetros em busca de algum ponto suspeito. A missão não tem caráter de repressão, mas, se houvesse constatação de crimes durante a ação, os homens estavam preparados para agir. Locais suspeitos foram sobrevoados com mais calma. Os vídeos e as fotos registrados serão avaliados pelo Escritório de Pesquisa e Investigação, o serviço de inteligência da RF.
A operação chega ao Chuí hoje. O trabalho deve se estender até 30 de maio, percorrendo as fronteira do Brasil com o Uruguai, a Argentina e o Paraguai, assim como a divisa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Nos próximos meses, a Receita Federal fará um seminário nacional sobre a administração aduaneira, a ser realizado em Porto Alegre. O encontro terá como objetivo intensificar ainda mais a discussão e reforçar o trabalho de fiscalização nas fronteiras.
Somente nos três primeiros meses de 2009, mais de R$ 25 milhões em mercadorias e produtos diversos foram apreendidos no Estado.
(Fonte: Zero Hora)
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