Dias de incerteza
17/04/2009
Está mais uma vez aberta a temporada de especulações sobre trocas no governo. Com a crise que se abateu sobre o Palácio Piratini nos últimos dias, por conta da investigação de pessoas próximas da governadora Yeda Crusius na Operação Solidária, voltou a se falar em mudanças no secretariado como forma de garantir maior unidade ao governo.
Na lista dos cotados para sair não está o secretário da Irrigação, Rogerio Porto. Assim que se tornou pública a informação de que ele estava sendo investigado na Operação Solidária, Yeda disse a Porto o que dissera ao secretário de Habitação, Marco Alba, que está na mesma situação: confia nele e não vai se precipitar. Setores do PMDB trabalham com a hipótese de Alba deixar o governo, mas o deputado Eliseu Padilha, padrinho político do secretário, assegura que essa possibilidade não existe.
Por desgaste na relação com a governadora, três secretários são citados por políticos aliados do Piratini como candidatos a pedir para sair: Fernando Schüler (Justiça), Mariza Abreu (Educação) e Erik Camarano (Secretaria-geral). Nenhum dos três confirma a intenção de pedir demissão, mas é visível o distanciamento da governadora. Empresários que defendem a modernização da gestão torcem para que Camarano continue no controle dos programas estruturantes e que Mariza não esmoreça na tarefa de reformular o plano de carreira do magistério. Schüler comanda uma área que não tem trazido dor de cabeça ao governo, mas seu cargo é cobiçado pelos partidos aliados.
Mariza também está desgastada com alguns colegas por insistir na tese de que a mudança nas carreiras não pode ficar restrita ao magistério. A secretária não jogou a toalha: trabalha no projeto que altera profundamente o plano de carreira dos professores. Ontem, voltou de Brasília entusiasmada porque o Ministério da Educação a escalou para integrar o grupo que vai construir uma prova nacional para avaliação de professores.
(Fonte: Rosane de Oliveira - Zero Hora)
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