Dia de colheita
14/04/2009
Os elogios da equipe do Banco Mundial aos resultados obtidos pelo governo gaúcho no ajuste fiscal não são suficientes para garantir a liberação antecipada da segunda parcela do empréstimo de US$ 1,1 bilhão, no valor de US$ 450 milhões. Há um longo caminho a ser trilhado pelo governo até cumprir os compromissos assumidos à época da negociação do empréstimo. O maior obstáculo é a mudança nas carreiras dos servidores públicos.
A boa notícia para o Piratini é que, diante dos bons resultados das contas públicas, o Bird poderá até perdoar a demora no cumprimento de um ou outro ponto, se o governo mostrar que está fazendo a sua parte. Como as medidas mais polêmicas dependem de aprovação legislativa, dificilmente serão votadas no ano eleitoral. O governo corre, pois, contra o tempo.
No Piratini, a preocupação é não passar a ideia de que a mudança nas carreiras dos servidores, a aprovação da previdência complementar e outros pontos rejeitados por funcionários públicos são exigências do banco. O discurso dos secretários da Fazenda, Ricardo Englert, e do Planejamento, Mateus Bandeira, é de que foi o governo que propôs – e o banco aceitou – como contrapartida ao empréstimo de US$ 1,1 bilhão a adoção de medidas modernizadoras da gestão.
Ontem, o analista Fernando Blanco, boliviano que participou de todas as etapas da negociação, não se cansava de cumprimentar o governo gaúcho por ter atingido em 2008 as metas que o Banco Mundial só esperava para 2009 ou 2010 e “que prepararam o Estado para enfrentar a crise”.
– O desempenho do Estado é brilhante, e o balanço é absolutamente positivo – destacou.
(Fonte: Rosane de Oliveira - Zero Hora)
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