Aod interpela líderes do PSOL
20/02/2009
Indignado com o envolvimento de seu nome nas denúncias veiculadas pela deputada Luciana Genro, pelo vereador Pedro Ruas e pelo presidente estadual do PSOL, Roberto Robaina, o ex-secretário da Fazenda Aod Cunha decidiu interpelar os três na Justiça. Por fax, Aod, que está de férias em Santa Catarina, encaminhou procuração ao advogado Gabriel Magadan para representá-lo. A interpelação deve ser protocolada ainda hoje.
O ex-secretário da Fazenda quer que Ruas, Luciana e Robaina confirmem na Justiça as acusações que fizeram, apresentem as provas e respondam a uma série de perguntas formuladas pelo advogado. O silêncio será interpretado como confirmação de que fizeram acusações sem provas e o próximo passo será a responsabilização criminal e uma ação judicial com pedido de indenização por danos morais.
_ Nunca participei de reunião alguma para tratar de arrecadação de campanha. Jamais recebi cheque de quem quer que seja para a campanha eleitoral _ disse Aod por telefone.
Na entrevista que concederam quinta-feira, Ruas e Luciana citaram Aod como participante de uma reunião na qual a MAC Engenharia teria feito uma doação de R$ 500 mil que nunca foi declarada à Justiça Eleitoral. O dono da MAC, Marco Antônio Camino, nega ter feito qualquer doação à campanha de Yeda.
Dessa reunião, segundo Luciana, teriam participado também o então tesoureiro da campanha, Rubens Bordini, Delson Martini, Marcelo Cavalcante e Chico Fraga, à época secretário de Governo em Canoas. O advogado de Chico Fraga, Ricardo Cunha Martins, disse há pouco que seu cliente nunca participou de tal reunião.
_ Ainda bem que o objeto dessa denúncia é um cheque. Basta rastrear para saber se ele existe.
Martins diz que ainda não conversou com Chico Fraga sobre a possibilidade de interpelar Ruas e Luciana judicialmente.
Aod também foi mencionado como receptor de um cheque de R$ 100 mil da empresa Toniolo Busnello para a campanha. O empresário Humberto Busnello negou ter feito essa doação. Aod disse que só conheceu o empresário meses depois da posse de Yeda, quando já era secretário da Fazenda.
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