Piratini adia decisão sobre ação judicial contra entidades

Após estudar uma saída jurídica para barrar a divulgação dos outdoors bancados por 10 sindicatos de servidores, o chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel, resolveu ontem aguardar a chegada da peça às ruas.

– Não há como se manifestar sobre algo que ainda não existe. Mas não aceitaremos ataque à honra da governadora – disse ele.

Yeda Crusius, que iniciou em 2 de fevereiro uma turnê nacional de nove dias, deve comandar hoje uma reunião na qual a campanha dos outdoors será discutida. Na terça-feira, pediu aos secretários que ficassem de prontidão, sem agenda para hoje.

Desde o início da campanha dos servidores, o Palácio Piratini emite sinais de preocupação com um eventual prejuízo à imagem de Yeda. Na segunda-feira, Wenzel consultou aliados sobre o tema na reunião do conselho político do governo. No encontro, indagou qual seria a reação mais adequada e avaliou possíveis repercussões.

Apesar da intenção de aplicar uma medida jurídica preventiva, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) desaconselhou uma antecipação, uma vez que a governadora ainda não foi agredida. O PSDB, partido de Yeda, também está alerta e prepara uma resposta caso seja necessário.

– Vou acordar cedo para ver o conteúdo dos painéis – brincou a presidente estadual dos tucanos, deputada estadual Zilá Breitenbach, que não espera ataques pessoais.

Ontem, governistas avaliavam que os outdoors podem ser uma armadilha dos sindicalistas e não caberia reagir antes que o conteúdo das peças seja conhecido.