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A crise econômica mundial e o RS, Alexandre Porsse*

09/02/2009

 

Embora seja certo que a crise mundial atingirá o Brasil e o Rio Grande do Sul, restam dúvidas sobre a magnitude do impacto na economia gaúcha, principalmente em comparação com o Brasil. Os índices recentes de desempenho produtivo já têm mostrado forte retração, talvez devido a uma puxada de freio excessivamente conservadora diante das incertezas associadas à crise. Contudo, existem três razões para assumir que o Estado pode sofrer menos que o resto do país.

Primeiro, apesar da importância do comércio internacional, o Rio Grande do Sul diversificou o destino das suas exportações nos últimos anos, ficando relativamente menos exposto às regiões localizadas no epicentro da recessão. Antes da crise, as exportações gaúchas para o Nafta e a União Europeia representavam 35%, enquanto no caso nacional alcançavam 42%.

Segundo, a queda dos preços das commodities deve gerar um impacto mais significativo na renda do setor exportador dos Estados mais dependentes de commodities minerais e petróleo e derivados, que tiveram alto deslocamento de preço nos últimos anos. Já os preços das commodities agroalimentares, mais importantes para o Rio Grande do Sul, subiram menos em comparação à sua média histórica e, portanto, devem ter uma queda relativamente menor. Além disso, a desvalorização cambial pode ajudar a manter a competitividade das exportações gaúchas e aliviar a perda de renda do setor exportador.

Terceiro, as condições mais restritivas no mercado de crédito para consumo no Brasil afetarão muito mais os setores produtores de bens duráveis, principalmente automóveis e eletroeletrônicos, que são mais representativos nas regiões Sudeste e Norte. A economia gaúcha, que possui forte especialização no agronegócio, deve ser relativamente menos afetada pelas restrições de crédito ao consumo.

Tudo isso indica que o Rio Grande do Sul tem condições de perder menos no cenário de desaceleração econômica. Entretanto, o resultado efetivo dependerá do ritmo de avanço da crise sobre outros países relevantes na pauta de exportação e, não menos importante, da capacidade de inovação do setor produtivo gaúcho para lidar com as mudanças estruturais impulsionadas pela crise.

A crise interrompeu o ciclo de alto crescimento mundial das últimas duas décadas e a tendência é de que o novo ciclo seja caracterizado por um ambiente mais competitivo e com nível de crescimento menor que o anterior. Nesse sentido, converter os lucros da expansão recente em investimentos em tecnologia e inovação, visando a mais eficiência e redução dos custos de produção, pode ser a melhor estratégia para enfrentar a crise e ampliar a posição competitiva atual e futura. Quem empreender mais cedo essa estratégia também colherá mais cedo e em maior escala os seus benefícios.

*Economista da FEE e assessor da Secretaria da Fazenda
(Fonte: Zero Hora)

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