ÁREA RESTRITA    
Login    Senha   
Página Incial
Técnicos Tributários participam de assembleia conjunta dos servidores públicos
Em coletiva de imprensa, Afocefe apresenta proposta para Estado superar acrise
Afocefe apresenta ao presidente da Assembleia Legislativa estudo que aponta saída para crise
NEWSLETTER
Assine a newsletter do AFOCEFE Sindicato e receba notícias por
e-mail:
Nome:
E-mail:
Notícias

Crise pode reduzir arrecadação do Estado

27/01/2009
 


O impacto da crise financeira internacional pode chegar a pelo menos R$ 434 milhões nas receitas do governo gaúcho. A nova estimativa, divulgada ontem pelo secretário da Fazenda, Ricardo Englert, contabiliza perdas de R$ 134 milhões nos repasses da União ao Estado e que se somam aos R$ 300 milhões já esperados de diminuição na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O volume é próximo do superávit orçamentário de R$ 443 milhões registrado em 2008.
Além da desaceleração da economia, o Estado é atingido com as medidas adotadas pelo governo federal para aquecer a economia, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos, já que parte do que é arrecadado pela União é transferido aos demais estados e municípios. Segundo Englert, a Secretaria da Fazenda (Sefaz) vai monitorar mensalmente o fluxo de caixa para avaliar até que ponto as despesas - especialmente os investimentos - serão comprometidos.
"Se vermos que a receita mensal corresponder ao orçamento, vamos liberando as cotas de investimento. Além disso, ainda há espaço para reduzir o custeio", afirma o secretário, ressaltando que a prioridade é manter o ajuste fiscal e gastar somente o que for arrecadado. Englert espera que sejam obtidos ganhos nas licitações de produtos, a exemplo do que já foi observado com os medicamentos, que registraram 30% de economia no ano passado. "Com a economia aquecida, muitas empresas não se interessavam em entrar nas licitações porque estavam com suas vendas garantidas, mas agora terão que buscar mais clientes e com o Estado pagando em dia cresce o interesse", explica. As compras somam cerca de R$ 1 bilhão ao ano e uma redução de 10% já representaria uma economia de R$ 100 milhões, contabiliza o secretário.
Em janeiro, o caixa do Estado fechou com resultado positivo de R$ 216,5 milhões, obtido com o bom desempenho do comércio em dezembro e com a antecipação do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). "Janeiro historicamente é um mês de receitas boas, mas fevereiro já não deve ser assim, especialmente pelo lado da receita", revela Englert. No mês que vem, a expectativa de receita líquida disponível é de R$ 1,217 bilhão, enquanto em janeiro o resultado deve ficar em R$ 1,424 bilhão. A despesa deste mês deve fechar em R$ 1,208 bilhão. Neste ano, o pagamento antecipado com desconto do IPVA rendeu R$ 391 milhões - R$ 95 milhões a mais do que em 2007/2008. Amanhã, começa o pagamento dos salários de janeiro dos funcionários públicos.

Fazenda estuda antecipar parcela de empréstimo do Bird
A valorização do dólar frente ao real e a redução da taxa Libor estão levando a Secretaria da Fazenda (Sefaz) a avaliar a possibilidade de solicitar ao Banco Mundial (Bird) a antecipação da segunda parcela do empréstimo concedido ao Estado em agosto. Inicialmente, os US$ 450 milhões seriam liberados em março de 2010. No ano passado, a utilização de US$ 650 milhões para o pagamento de dívidas rendeu uma economia de R$ 170 milhões em comparação com o que seria gasto com os contratos antigos. O resultado impulsionou o superávit orçamentário de R$ 443 milhões.
Segundo o secretário da Fazenda, Ricardo Englert, a alta do dólar ocorrida nos últimos meses foi compensada pela redução da taxa Libor, que indexa a operação e que caiu de um valor entre 3,5% e 4% para 0,5% ao ano. "Ou seja, agora estamos devendo menos em dólar", explica. Englert diz que o Estado também avalia a possibilidade de solicitar o congelamento da taxa de juros para toda a vigência de 30 anos do contrato, mas que primeiro é preciso observar qual a tendência de comportamento da Libor e também do dólar. Neste caso, um novo índice seria negociado com o Bird.
"Para que economia norte-americana volte a se aquecer é preciso que o dólar caia. Historicamente, a taxa cai quando o dólar sobe e o movimento inverso também é relacionado", afirma. O indexador internacional sofre forte influência da taxa básica de juros adotada nos Estados Unidos.
Caso seja antecipada a liberação da segunda parcela do empréstimo, o governo gaúcho teria disponível uma quantidade maior de reais para quitar suas dívidas. Esse benefício já ocorreu quando foram repassados os US$ 650 milhões da primeira parcela, em agosto, com a moeda norte-americana valendo R$ 1,86, acima do valor médio de R$ 1,40 da época em que foi negociada a operação.
A elevação do dólar levantou dúvidas sobre as vantagens da operação para o Estado, uma vez que as dívidas que antes eram referenciadas em reais passaram para dólares, sujeitas à variação diária do câmbio. Mas, para Englert, os dados apurados em 2008 demonstram que mesmo com a desvalorização do real os resultados são melhores do que os que seriam obtidos com o pagamento dos indexadores anteriormente contratados - 93% da dívida gaúcha é indexada pelo IGP-DI acrescido de 6% de juros ao ano
(Fonte: Jornal do Comércio)

VOLTAR
Print

Em construção

Rua dos Andradas, 1234, 21º andar - Porto Alegre/RS - CEP 90.020-008
Fone: (51) 3021.2600 - e-mail: afocefe@afocefe.org.br