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CAPITALISMO DE ESTADO - Clóvis Jacobi

23/01/2009

Capitalismo de Estado, por Clóvis Jacobi*

A crise econômica gerada em terras de Tio Sam e projetada às aldeias do planeta, além dos estragos gerais causados, deixou alguns questionamentos e lições dignos de nota.

O tema comporta rápido histórico: o núcleo do problema estaria na bolha de consumo imobiliário induzida pela conjugação de esforços de grandes parceiros, irmanados em vultosos negócios (leiam-se construtoras, bancos, seguradoras, investidores e fundos), ao facilitar demais a aquisição da casa própria a integrantes do mercado subprime (lembremos nosso velho BNH...).

Desse primeiro lance à vertiginosa demanda de mais unidades e à alta dos preços foi um piscar de olhos... Com essa “valorização espetacular”, os novos mutuários – antes à margem do mercado – foram levados a segundas, terceiras hipotecas para captura de recursos à aquisição de móveis, carros e outros bens antes fora do seu alcance.

Estava instalado novo “boom” na economia americana, graças à “genialidade” dos parceiros do megaprojeto, com propagação dos efeitos a todos os segmentos da atividade econômica interna e rápida expansão ao mundo inteiro, com adesão até dos mais conservadores (Alemanha, Inglaterra, Suíça etc.).

Os lucros foram fantásticos; as ações supervalorizaram-se; as bolsas incharam e a constante alta atraiu massas de pequenos e médios poupadores que compraram ações sem maior cautela e os fundos viveram dias gloriosos, até o surgimento de dificuldades na quitação das prestações, iniciando-se o caminho inverso, cujos efeitos aí estão sob a forma de tsunamis ou marolinhas, como entenda ou queira cada um...

As ações caíram ao valor patrimonial, não poupando ninguém, punidos com maior severidade os que até se endividaram para investir no “lucro certo”!

Causa enorme estranheza, mormente a quem defende a livre iniciativa e prega deva o governo limitar-se às funções de Estado (justiça, segurança, saúde e educação) e ao exercício de função reguladora das demais, é que agora venha o erário aportar recursos públicos a empresas privadas, inclusive a bancos, para cobrir prejuízos, ao cabo, frutos de má gestão.

O risco sempre foi característica do negócio.

Isto é uma forma oblíqua, imoral, de criar gravame aos cidadãos, pois, se o recurso é público, a conta recairá sempre no contribuinte!

E, quando houve lucros, ficaram com quem?

Afinal, vive-se uma era de privatização dos lucros e socialização dos resultados, numa versão estranha do capitalismo, ou, afinal, o que é isto?

*Advogado

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