O secretário da Fazenda Aod Cunha justificou
a decisão de deixar o governo pelo cansaço de estar há seis anos em
atividades executivas no serviço público, 'sem férias’, e por ter
recebido quatro convites para atuar em instituições no exterior. 'Tenho
alguns convites de organismos internacionais (Banco Mundial e FMI), de
universidades (Harvard e Columbia), na área da macroeconomia. Vou tomar a decisão mais à frente. Mas é uma oportunidade que me chega na vida e que eu tenho que avaliar', confidenciou.
Aod revelou que há bastante tempo havia dito para a governadora Yeda
Crusius que tinha escolhas pessoais, de vida, que precisava tomar.
'Combinei que assim que fosse atingida a meta (ajuste fiscal) eu
gostaria de tomar outro rumo do ponto de vista da minha vida pessoal,
das minhas coisas. Agora entro num período de férias, vou descansar um
pouco, organizar a minha vida, ver a minha família, e depois decido o
que fazer.'
Yeda disse ontem que os convites feitos a Aod Cunha representam o
reconhecimento do trabalho dele e do seu governo na busca do déficit
zero. 'Aod é um dos nossos produtos de exportação', afirmou Yeda.