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Nas horas vagas, interino se dedica a vela, voz e violão

08/01/2009


Candidato a assumir em definitivo o leme da economia gaúcha, Ricardo Englert foi colhido pela interinidade em outro timão: o do seu veleiro Realidade II, que conforme informações de amigos e colegas deverá estar singrando as águas da Lagoa dos Patos até domingo.

Quando fizer seu discurso de posse, Englert pode repetir uma cena testemunhada inúmeras vezes no primeiro escalão do governo: um choro tão fácil quanto o sorriso.

Embora leonino – fez 54 anos no dia 27 de julho passado, um dia depois do aniversário da governadora Yeda Crusius –, Englert é considerado mais contido do que o antecessor no cargo, característica que pode vir a ser uma vantagem competitiva. Isso não quer dizer que seja tímido: suas performances em voz e violão já têm clássicos como Quem Te Viu, Quem Te Vê, de Chico Buarque, e os sambas Trem das Onze e Espelho Meu, entoadas tanto no clube Veleiros do Sul, da zona sul de Porto Alegre, onde ocupa o cargo de vice-comodoro (equivalente a vice-presidente em clubes náuticos recreativos) administrativo quanto em ambientes palacianos.

Casado com Dulce, Englert tem dois filhos, Felipe e Patrícia, e uma neta, Alícia, a quem coruja sem restrições. Formado em Ciências Econômicas pela UFRGS em 1976, teve uma rápida passagem pelo Conselho de Implantação do Polo Petroquímico antes de ser aprovado em concurso no extinto Banco de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul (Badesul). Com a incorporação ao Banrisul, tornou-se funcionário de carreira do banco no qual deverá ocupar a presidência do conselho de administração a partir da reunião prevista para dentro de um mês. Caso seja confirmado na presidência do conselho, a tramitação no Banco Central será tranquila, porque já foi diretor comercial e de recursos de terceiros – administração de fundos.

Só deixou o setor público durante o governo Olívio Dutra, quando ocupou o cargo de diretor técnico do Centro das Indústrias do Estado (Ciergs, parte do Sistema Fiergs), a convite do então presidente Renan Proença.

Quem convive com a cúpula da Fazenda desde o início do governo Yeda vê uma diferença básica: enquanto Aod Cunha tem um estilo mais intelectual e acadêmico, Englert é mais emotivo e operacional. Para observadores qualificados, enquanto Aod tem um perfil mais formulador, Englert seria o "tocador". Em comum, ambos têm facilidade de relacionamento, capacidade de articulação e bom trânsito entre políticos e empresários. Presidente da Federação das Câmaras de Diretores Lojistas (FCDL), Vitor Koch foi um negociador incansável, na Fazenda, da adoção do Simples Gaúcho, um sistema de redução de tributos para pequenas e microempresas. Foi atendido alternadamente por Aod e por Englert:

– A Fazenda tem hoje uma equipe muito qualificada, de fino trato, são pessoas corteses, educadas e extremamente inteligentes.

Capacidade de trabalhar sob pressão é elogiada

Colegas de governo de Englert não lembram de ter visto o secretário-adjunto de cara feia. Mesmo sob pressão, é capaz de manter a serenidade. Um integrante do primeiro escalão prevê que talvez Englert precise de "um pouco de tempo" para conquistar a desenvoltura com que Aod se movimentava no cenário internacional, mas em compensação, tem conhecimento ainda mais profundo sobre a máquina pública. Assim que mudar o rumo do timão do veleiro de 27 pés – cerca de nove metros de comprimento –, Englert deverá ancorar na cadeira que ocupou interinamente no governo Britto e na primeira metade do governo Yeda.
(Fonte: Zero Hora)

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