Colchão para 2009
23/12/2008
Mesmo que a oposição e empresários critiquem o marketing do Palácio Piratini com o déficit zero, o anúncio de superávit orçamentário de R$ 300 milhões no Tesouro do Estado é mais um reforço para a governadora Yeda Crusius em sua cruzada contra a aura negativa que a rondou até agora.
Ao assumir em 2007, a equipe de Yeda Crusius tinha como meta zerar o déficit em 2009 e falava de colher os frutos de superávit apenas em 2010. O resultado positivo começou a ser delineado no primeiro trimestre, quando os técnicos já registravam aumento significativo na arrecadação de ICMS, e mesmo assim, as medidas para conter gastos foram mantidas. A Fazenda tinha como “supermeta” arrecadar R$ 13,6 bilhões em ICMS, mas fecha o ano com uma cifra de R$ 14,9 bilhões.
Os R$ 300 milhões disponíveis no orçamento de 2009 equivalem ao valor que o secretário Aod Cunha vem estimando como impacto da crise mundial na arrecadação dos próximos meses.
– Se de fato cair, teremos uma proteção adicional para evitar prejuízos aos investimentos previstos – diz o secretário.
Para se ter idéia do quanto esse “colchão” representa, a cifra é igual ao valor previsto para a melhoria de estradas no ano que vem.
O número positivo divulgado ontem traz outra conseqüência simpática para o Piratini. Por uma determinação legal criada no governo de Germano Rigotto, quando o Estado alcança desempenho fiscal positivo, é obrigado a reajustar o salário de servidores da segurança pública, especialmente dos que ganham menos nas corporações como Brigada Militar e Polícia Civil. Embora não seja muito, o aumento entre 8% e 11% concedido à maioria é mais um exemplo real do ajuste nas contas que Yeda tem para citar.
(Fonte: Rosane de Oliveira - Zero Hora)
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