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Yeda no Estado das maravilhas e o crepúsculo das críticas

19/12/2008
 
A jovialidade da governadora Yeda Crusius quando do balanço de final de ano à imprensa é a prova de que ela tirou um fardo das costas, após dois anos no Piratini. O pessimismo foi sacudido e o otimismo transparece no seu semblante, adornado por conjunto de corrente e brincos. As vitórias administrativas que vem conseguindo indicam que estamos assistindo a um crepúsculo dos deuses críticos e das fórmulas políticas que vingaram no Rio Grande desde anos. Da mesma forma que a transição do cinema mudo para o falado liquidou com a carreira de alguns atores de Hollywood, tudo indica que temos personagens que não aceitam o que está ocorrendo. Tal e qual bonecos de cera, ficam imóveis em um museu que retrata os últimos anos do Estado, onde os governadores, melancolicamente, foram administradores da folha de pessoal. A Fazenda teve uma equipe coesa sob a regência de Aod Cunha e tocou a mesma partitura, em sintonia com o Piratini. O roteiro foi bem escrito e a diretora não se afastou do script, cujo título bem poderia ser Yeda no Estado das maravilhas. Com certeza um exagero, falta um longo caminho, lembrando que uma grande jornada sempre começa pelo primeiro passo. O Rio Grande está muito melhor do que antes. É um fato contra o qual não há argumentos. Se a crise mundial permitir, em 2009 vamos progredir. Os deuses da sorte não consentirão que a regente do déficit zero, da casa comprada nas regras de mercado e do pagamento antecipado do 13º com recursos próprios seja castigada quando colherá os frutos da sua messe ao longo de desgastantes, conflituados e até injuriosos 24 meses. Não podemos ficar à espera dos grandes financistas e dos utopistas se temos condicionantes financeiras e lutamos contra o tempo. Os males de alguns estados brasileiros, talvez seja o nosso caso, advêm da forma como os seus governos se encarregam de fabricar-lhes modelos. Principalmente quando seus autores são, às vezes, publicistas, filósofos e críticos. Talvez marqueteiros, embora esse seja um trabalho importante, sem desdouro. Nesses quase 24 meses do atual governo do Estado, o que vimos foi um filme de onde saíram atores que se sucederam. Por isso continuaram sem interrupção os dramas variados de posições ideológicas que são representados na película. Porém, se não é um remake de Alice no país das maravilhas, agora o filme é falado, e não um lugar apenas para mímicas, malabarismos e quedas. O público gaúcho quer a verdade das frases corretas, da boa audição e da grande interpretação. Tal e qual uma Glória Swanson, que foi uma das poucas atrizes que conseguiu reconhecimento no cinema falado após ser musa dos filmes mudos, Yeda Crusius pode se dar ao luxo de escolher, a partir de 2009, novos papéis, mas sem deixar de ser a mesma personagem que se impôs. Citar, novamente, nos créditos finais, quais foram os seus atributos e realizações, quem fez o make-up nas finanças estaduais, o guarda-roupa que serviu para reequipar setores carentes, quem dirigiu as segundas unidades e, finalmente, quem foram os stunt men, os substitutos dos secretários que caíram quando as crises se abateram. Nenhum sucesso do governo Yeda Crusius foi algo sobre-humano ou mesmo extramundano. Tudo o que vimos no jogo social, moral e político do Rio Grande foi apenas o que sempre deveria ter sido, segundo a melhor gestão. Porém, só ela fez. Quem é hábil para destruir é incompetente para construir. É muito ruim querer aparecer ou subir na política maldizendo, pois quem assim age acaba caindo e não se levanta mais. Não com credibilidade.
(Fonte: Editorial Jornal do Comércio)

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