O que não pode ser visto
23/06/2005
Na manhã desta quinta-feira (23) o AFOCEFE-Sindicato dos Técnicos do Tesouro do RS acompanhou a visita dos deputados Vieira da Cunha, Jair Soares, Jerônimo Goergen e José Sperotto, ao Posto Fiscal de Guaíba, dentro da agenda da Subcomissão que trata da Crise de Finanças do Estado.
Para surpresa de todos, a explanação do Diretor da Receita Estadual, Luiz Antônio Bins, revelou uma atividade fazendária efetiva e eficiente, dando a entender que não há necessidade de nenhum esforço suplementar. Na sua visão o que deveria ser feito está sendo feito, necessitando apenas de pequenos ajustes e adequações. Oportunamente, o presidente do AFOCEFE, Carlos De Martini Duarte, desanuviou a realidade, manifestando a preocupação da entidade em relação a falta de fiscalização e a precariedade do Posto de Guaíba: “O posto está sem gerador de energia, as lâmpadas estão queimadas, os telefones não funcionam e o mais grave, a balança para conferência de peso das cargas está desativada”. De Martini lembrou ainda que das 96 turmas volantes, apenas 46 estão trabalhando.
O Posto Fiscal de Guaíba é responsável pelo ingresso de 30 milhões de reais anuais em recursos para os cofres públicos e atualmente trabalha com menos da metade de pessoal necessário. “Com falta de recursos humanos e operacionais, nós fiscalizamos 30 mil contribuintes e seis mil veículos de carga. Com a modernização deste Posto seria possível fiscalizar e arrecadar mais”, concluiu o presidente do AFOCEFE.
Oprimidos pelo horário, que foi estrategicamente utilizado com a apresentação multimídia, os deputados mal puderam conhecer o Posto Fiscal, suas precárias condições materiais, seu reduzido efetivo de servidores, que desmerecem o real potencial daquela repartição fazendária.
O AFOCEFE entregou aos deputados, um trabalho com dados que dizem respeito não só àquele Posto Fiscal, mas a toda a atividade de combate a sonegação no estado, iniciativa prontamente elogiada pelos deputados presentes.
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