TÉCNICOS RECLAMAM DE DESCASO
27/02/2004
TÉCNICOS RECLAMAM DE DESCASO
O indeferimento da liminar para pagamento integral dos salários não desanimou o Afocefe/Sindicato, que volta à carga hoje, por considerar que há descaso com o funcionalismo. 'Este mês já entrou receita líquida de R$ 841 milhões. A folha líquida total é de R$ 465 milhões. Mesmo com o pagamento da dívida haveria dinheiro', diz Elton Nietiedt, presidente da entidade
BETO ALBUQUERQUE SUGERE MAIS AGILIDADE
A tarde de ontem foi de negociações em Brasília para garantir recursos e impedir o atraso no pagamento dos salários dos servidores estaduais. Embora o ministro Aldo Rebelo tenha garantido que o dinheiro virá, não disse quanto nem quando. Segundo o deputado federal Beto Albuquerque, o governo federal está mobilizado para ajudar o Estado, mas há problemas com os processos judiciais referentes à dívida da União com o IPE. Dos quase 60 mil processos, que chegariam perto de R$ 300 milhões, Beto Albuquerque afirma que cerca de 10 mil, o que não passaria de R$ 80 milhões, estariam bem fundamentados. Ele cobra do governo estadual mais agilidade, ressaltando que o Distrito Federal e Minas Gerais estão aptos a receber os recursos por terem feito mutirões para o envio de processos bem apurados. O parlamentar criticou também o que definiu como 'alarido' em torno dos débitos, feito por alguns interlocutores do governo estadual ,'que têm o fígado do PT na cabeça'. Ele ressalta, no entanto, que há em Brasília a mesma pressa do RS para pôr em dia os salários.
MEMÓRIA
Quanto à dívida das estradas, Beto Albuquerque alfineta: 'Não vamos fazer com eles o que fizeram conosco. Eu montei os processos e passei quatro anos batendo à porta do ministro Eliseu Padilha, sem que ele reconhecesse os créditos'. O ex-ministro dos Transportes e o governador são do mesmo partido.
PALIATIVOS
'Os recursos do IPE devem desafogar o governo estadual por uns três meses. Depois, o dinheiro das estradas dará fôlego por mais um período', afirma ele, ressaltando que se tratam de medidas paliativas, cabendo ao governo estadual buscar soluções estruturais, como uma reforma previdenciária.
Fonte: Correio do Povo
Data: 27/02/2004
Coluna: Denise Nunes
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