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Indústria gaúcha reverte queda e cresce 2,9%

15/04/2004
Indústria gaúcha reverte queda e cresce 2,9%


A indústria do Rio Grande do Sul, em fevereiro último, registrou um crescimento de 2,9% ante igual mês do ano anterior, melhorando em relação a janeiro (-0,7%). Os dados são referentes à Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador acumulado no ano também teve aumento (1,1%). Já o acumulado dos últimos doze meses caiu 1,3%. A expansão de 2,9% no confronto fevereiro 04/ fevereiro 03, foi determinada pelo desempenho positivo de oito dos 14 ramos pesquisados. Os aumentos mais expressivos foram de refino de petróleo e álcool (19,8%), máquinas e equipamentos (15,1%) e metalurgia básica (31,5%). Esses setores registraram, respectivamente, aumentos na produção dos itens óleo diesel e gás liqüefeito de petróleo; máquinas para colheita e tratores agrícolas; e barras e vergalhões de aço. As maiores influências negativas foram dadas por fumo (-38,3%) e produtos de metal (-5,9%), que assinalaram, respectivamente, recuos nos itens produtos de fumo e talheres. “Este crescimento no mês de fevereiro é normal dentro do desempenho da indústria gaúcha. No entanto, se for levado em conta o acumulado dos últimos doze meses nota-se a estagnação da economia o que indica a revisão do otimismo inicial sobre o crescimento da economia brasileira e do Estado”, argumenta o coordenador da Assessoria Econômica da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Igor Morais. Ele também destaca que o agronegócio continua puxando a produção industrial no Rio Grande do Sul. Morais acredita que setores importantes para recuperação da economia serão o de calçados, vestuário, bebidas e principalmente o de alimentos. Contudo, ele ressalta que para isso é necessário que haja um ganho de poder aquisitivo da população que alimente o mercado interno. Segundo o IBGE, a taxa de 1,1% no acumulado no ano foi decorrência dos aumentos em oito dos 14 gêneros pesquisados. As indústrias de máquinas e equipamentos (15,8%), refino de petróleo e álcool (10,7%) e veículos automotores (10,3%) exerceram as maiores pressões positivas, apresentando, respectivamente, acréscimos na produção dos itens máquinas para colheita e tratores agrícolas; óleo diesel e gasolina; reboques, semi-reboques, eixo e semi-eixo. Já a maior contribuição negativa veio de fumo (-25,5%), que registrou queda na produção de fumo e cigarros. Na comparação trimestral, a indústria do Rio Grande do Sul exibe, a partir do terceiro trimestre de 2003, a mesma tendência da média nacional, porém com taxas inferiores. Em fevereiro, conforme o IBGE, mais da metade das regiões pesquisadas apresentou taxas positivas na produção industrial, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. A média nacional, neste mesmo indicador, foi de 1,8%. As indústrias do Amazonas e do Pará sustentaram o maior ritmo de crescimento, ambas com taxa de 7,8%. Nesses locais destacam-se, respectivamente, os desempenhos da indústria de material eletrônico e de comunicações. Esta foi a primeira divulgação de resultados regionais da Pesquisa do IBGE, após a reformulação de sua metodologia. A nova pesquisa ficou mais abrangente, produzindo índices regionais para 14 locais, em lugar de 12.
Para CNI, indústria interrompeu retomada
O processo de recuperação da atividade da indústria sofreu uma parada em fevereiro. De acordo com levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), as empresas mantiveram o nível de produção de janeiro e tiveram uma queda marginal no número de horas trabalhadas e pequenos aumentos nos salários pagos e empregos criados. As vendas caíram 4,51%, mas em decorrência do menor número de dias úteis do mês. “A avaliação mais geral é de que tivemos uma certa acomodação no nível de atividade da indústria”, afirmou o coordenador da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco. A interrupção do processo de corte da taxa básica de juros e o cenário político mais adverso, vivido no início do ano justificam, segundo Castelo Branco, essa parada no ritmo de recuperação. “Tivemos uma mudança no humor e na confiança dos agentes econômicos”, constatou o economista. Ainda assim, ele demonstrou confiança na retomada do nível de atividade industrial a partir deste mês. “O quadro melhorou e vem melhorando”, disse. “Mas a intensidade dessa recuperação é uma pergunta que ainda temos dificuldade em responder” A queda de 4,51% no volume de vendas em fevereiro, em relação ao mês anterior, não assustou os técnicos da CNI. Por se tratar de um mês mais curto, e pelas comemorações do carnaval, o movimento foi considerado normal. “Tirando os efeitos sazonais do cálculo, a retração nas vendas foi de apenas 0,94%”, disse Castelo Branco. A massa de salários paga pela indústria foi o único indicador apurado pela CNI que mostrou uma trajetória mais firme de crescimento em fevereiro. Tirando os efeitos sazonais, os salários pagos em fevereiro no setor ficaram 1,20% acima do registrado em janeiro e 7,24% acima do verificado em fevereiro do ano passado. “A tendência para 2004 é seguir esse ritmo de recuperação”, disse Castelo Branco.
Órgãos de apoio serão implementados este mês
Até o final deste mês, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) e a Agência de Desenvolvimento Industrial deverão estar implementados. Foi o que informou ontem o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, durante reunião da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados. A primeira será composta por integrantes do governo, das empresas e dos trabalhadores e coordenará a nova política industrial. A segunda será composta por técnicos do governo encarregados de implementar as medidas. Furlan disse que enviará ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda esta semana, uma lista com sugestões de nomes para compor o Conselho. Serão oito a nove pessoas do setor privado, entre empresários e sindicalistas, e igual número de integrantes do governo. Já a Agência ainda está tendo sua formatação legal discutida. O ministro informou que ficou bastante animado com uma reunião que teve na terça-feira com Lula e os ministros da Fazenda, Antônio Palocci, e da Casa Civil, José Dirceu. O presidente disse que a política industrial é “prioridade zero, ou seja, é para fazer já”. Os dois ministros se colocaram à disposição para apoiar as medidas e Lula disse que abrirá espaço em sua agenda, sempre que necessário, para arbitrar questões mais complexas. Questionado sobre se esses compromissos afastariam o risco de a burocracia emperrar a política industrial, Furlan comentou: “Eu nunca fico tranqüilo em relação à burocracia. Estou sempre em guarda.” Na conversa com os deputados, o ministro se mostrou otimista. Disse que a meta de elevar as exportações brasileiras a US$ 100 bilhões até 2007 é factível. “Estou cada vez mais otimista que a meta não será mais atingir os US$ 100 bilhões, mas ultrapassá-los”, disse.
Fonte: Jornal do Comércio Data: 15/04/2004

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