APESAR DO SILÊNCIO, HÁ CRISE NA FAZENDA
29/04/2004
A próxima dor de cabeça do governo estadual com o funcionalismo pode vir da Secretaria da Fazenda. Os ânimos estão exaltados por lá, com setores completamente paralisados. As lideranças falam em 'serviços internos importantes'. O que até duas semanas atrás se limitava a paradas nas quartas-feiras foi ampliado para um movimento permanente em algumas áreas, com fiscais e auditores unidos em busca de reajuste salarial. Ontem foi decidido ampliar as paralisações e aprofundar o debate em torno da deflagração externa do movimento. Os ânimos foram acirrados por uma tabela sobre os reajustes do funcionalismo nos últimos dez anos. Enquanto os fazendários tiveram o último aumento em 94, de 12%, o magistério teve reajustes de 249,46%; a saúde, de 149,35%; os técnicos-científicos, de 128,77%; o TCE, de 122,94; a BM, de 66,65%; a Polícia Civil, de 58,70%; e a Defensoria Pública e a PGE, de 46,72%. Os fazendários não aceitam o argumento de que ganham muito. Alegam defasagem e a defesa de salário digno para todos os servidores.
Fonte: Correio do Povo
Data: 29/04/2004
Coluna: Denise Nunes
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