ZH: Chefes de poderes fazem mutirão pelo novo IPE
14/05/2004
Com a esperança de conseguir aprovar no plenário da Assembléia Legislativa, antes do recesso de julho, as propostas de reformulação do Instituto de Previdência do Estado (IPE), chefes dos três poderes deram início a uma espécie de mutirão.
Durante três horas, num jantar na casa do deputado estadual Jair Soares (PP) na noite de quarta-feira, eles discutiram pontos que ainda precisam ser melhorados para evitar dificuldades na aprovação das mudanças contidas nos projetos do IPE Previdência e do IPE Saúde.
Relator do projeto IPE Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Jair recebeu em sua casa, no bairro Cristal, o governador Germano Rigotto, o presidente do Tribunal de Justiça, Osvaldo Stefanello, e o presidente da Assembléia, Vieira da Cunha.
Também participaram do encontro o presidente do Tribunal de Contas do Estado, Victor Faccioni, o procurador-geral de Justiça, Roberto Bandeira Pereira, e o presidente da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris), Carlos Rafael dos Santos Júnior, que lidera um grupo de 40 entidades de servidores públicos em defesa da Previdência.
Não há consenso sobre o fundo de previdência
O IPE tem hoje uma dívida de R$ 170 milhões, e para amenizar os problemas de caixa o governo apresentou os dois projetos ao Legislativo. No caso do IPE Saúde, relatado na CCJ pelo deputado Ciro Simoni (PDT), a maior polêmica era a criação do desconto compulsório de 3,1%, igual para todas as categorias, mudança que na última audiência pública não foi mais contestada. Nesse projeto, o que ainda gera reclamações é a criação do fundo de previdência, que na avaliação de algumas categorias de servidores seria criado numa situação deficitária.
Nenhum dos participantes do jantar na casa de Jair, à exceção do anfitrião, quis comentar o que foi tratado. O procurador-geral de Justiça, Roberto Bandeira Pereira, chegou a dizer ontem em tom de brincadeira que não lembrava de nada do que foi conversado naquela noite. Depois justificou que havia se comprometido em não comentar o que foi tratado durante o jantar.
Vieira da Cunha também não quis falar no assunto:
- Eu participei só do início da reunião.
Fonte: Zero Hora
Data: 14/05/2004
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