JC: Indústria gaúcha cresce 2,7%
16/06/2004
Indústria gaúcha cresce 2,7%
A indústria do Rio Grande do Sul apresentou avanço de 2,7% em abril, em relação a igual mês do ano anterior, registrando, assim, o quinto resultado positivo consecutivo. O dado foi divulgado ontem em pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o levantamento, 11 das 14 áreas investigadas apresentaram crescimento.
Na comparação para períodos mais abrangentes, a indústria gaúcha permaneceu apresentando crescimento no acumulado no ano (3,7%), enquanto o indicador acumulado nos últimos doze meses mostrou crescimento nulo (0%). Em relação a abril de 2003, o resultado, segundo o IBGE, refletiu o movimento positivo observado em nove das 14 atividades industriais pesquisadas. Esta taxa positiva foi determinada, sobretudo, pelos desempenhos das indústrias de bebidas (27,6%), metalurgia básica (36,9%) e do fumo (6,5%).
Conforme o presidente do Sindicato da Indústria do Fumo (Sindifumo), Cláudio Henn, o desempenho era esperado devido ao crescimento de 40% da safra de 2004 em relação a de 2003, totalizando 850 mil toneladas do produto. “Os índices devem continuar a crescer até o mês de agosto”, estima Henn. Ele informa que o crescimento foi possível com o aumento da área plantada e pelas condições climáticas favoráveis.
A assessoria econômica da Fiergs afirma que o aumento da produção industrial se deve tanto às exportações quanto a uma leve retomada do mercado interno. Segundo o IBGE, entre as cinco atividades que apresentaram redução, a performance adversa de calçados e artigos de couro (-12,5%) figurou como a maior influência negativa sobre o índice geral. Com a produção acumulada no primeiro quadrimestre do ano se expandindo 3,7%, o setor fabril gaúcho manteve taxa positiva, porém com ritmo de crescimento ligeiramente inferior ao assinalado no primeiro trimestre (4,0%). O índice positivo, no indicador acumulado no ano, foi bastante influenciado pelo crescimento observado em máquinas e equipamentos (18,8%). Ainda houve o desempenho positivo de veículos automotores (15,5%) e refino de petróleo e produção de álcool (10,2%). O principal destaque negativo foi calçados e artigos de couro (-7,2%).
Fonte: Jornal do Comércio
Data: 16/06/2004
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