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Folha de São Paulo: Queda da concentração de renda frustra

01/10/2004
Especialistas econômicos avaliam que a redução na concentração de renda no Brasil de 2002 para 2003, apontada pela Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE, não é um fato a ser comemorado. O índice de Gini da distribuição de rendimentos de trabalho apresentou tendência de queda -0,555 em 2003, o mais baixo resultado da série, de 1981, ano em que atingiu 0,564. O índice varia de zero a um. Quanto mais próximo de zero, menor é a concentração de renda. A ressalva é que, pelo levantamento do IBGE, todos os trabalhadores perderam rendimentos na comparação de 2002 para 2003. O índice de Gini só caiu porque os maiores rendimentos registraram uma queda superior em relação aos mais baixos. "Isso é uma redistribuição de renda muito ruim, pois o índice de Gini melhorou não porque aumentou a renda de quem ganha menos. Foi porque o pessoal de baixo perdeu menos do que o pessoal de cima", disse o diretor do Instituto de Economia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), João Sabóia. "A distribuição de renda positiva é quando você tira dos que ganham mais e dá para os que ganham menos. Ou aumentam os rendimentos de todo mundo, deixando os que ganham menos aumentarem mais. Agora, se cai todo mundo e simplesmente os que ganham menos perdem menos, é uma forma muito frustrante de redistribuição." Lauro Ramos, coordenador de Estudos de Mercado de Trabalho do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) concorda. "Parafraseando o economista Edmar Bacha, que criou a expressão "Belíndia" [contraste da distribuição de renda no Brasil: muito ricos -Bélgica- e muito pobres -Índia], o Brasil diminuiu a concentração de renda indo na direção da Índia e não na direção da Bélgica. Os pobres perderam menos, mas todo mundo perdeu. Não há como dourar essa pílula." Segundo a Pnad, o rendimento médio real do trabalho caiu 7,4% de 2002 para 2003. A perda real entre os 50% das pessoas empregadas com os maiores rendimentos foi de 8,1%. Já a queda nos rendimentos dos 50% com as menores remunerações foi de 4,2%. Os especialistas também destacam o fato de o índice de Gini divulgado pelo IBGE levar em conta os rendimentos de trabalho, ou seja, aqueles provenientes exclusivamente da ocupação da pessoa.
Fonte: Folha de São Paulo Data: 01/10/2004

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