Agência Senado: Paim diz que só haverá reforma sindical com muito diálogo
04/03/2005
Sem bom senso e muita negociação dificilmente o projeto de reforma sindical será aprovado no Congresso, neste ano ou mesmo no ano que vem. O alerta é do senador Paulo Paim (PT-RS), sindicalista há mais de 30 anos e que sempre se destacou, na Câmara dos Deputados e no Senado, na discussão dos temas trabalhistas.
Conforme Paim, há muitas divergências no interior do movimento sindical sobre a reforma e que, até o momento, não foram dirimidas por consensos. Ele citou, por exemplo, a contribuição obrigatória, pela qual todos os trabalhadores precisam descontar um dia de trabalho em favor das estruturas sindicais oficiais, que é mantida nas duas propostas de reforma apresentadas pelas centrais e confederações. Também não haveria ainda acordo em relação ao real poder das negociações entre empregados e patrões e o próprio Paim não aceita que o acordo prevaleça sobre o legislado.
- Lei é lei e sem a afirmação desse princípio não haveria razão para a existência do Congresso Nacional - afirmou o senador do PT.
Paim adiantou que a CUT não concorda com todos os termos da proposta de reforma sindical do governo que chegou nesta quarta-feira (2) ao Senado e citou a representação dos empregados nos locais de trabalho, não garantida pelo projeto.
Fonte: Agência Senado
Data: 04/03/05
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