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Valor Econômico: Vaia sindicalista

17/03/2005
Um dia depois de ser bombardeada por empresários em São Paulo, ontem foi a vez de a reforma sindical do governo ser alvejada por sindicalistas. A forte oposição ocorreu em uma audiência pública na Câmara dos Deputados e na presença do ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, que por mais de quarenta minutos teve sua voz abafada por forte coro de "pelego" e vaias durante a sessão da Comissão de Trabalho da Câmara do Deputados.
O objetivo do encontro era fazer com que o ministro apenas esclarecesse informalmente alguns pontos da reforma que o governo enviou ao Congresso no dia 2, já que ela tramitará - após ser admitida pela Comissão de Constituição e Justiça - em uma comissão especial a ser criada na Câmara. "Temos que entender que isso ocorreu pois só estavam presentes entidades contrárias à reforma, mas a maioria dos sindicatos apóia a reforma", afirmou o ministro.
No início do discurso do ministro, pessoas presentes ao plenário da audiência - levadas por confederações e federações de trabalhadores, pelo movimento nacional de lutas (Conlutas, entidade que quer ser uma nova central sindical de extrema esquerda) e por partidos como PSTU, PSOL e PCdoB -, impediram os presentes de ouvir Berzoini. Parte mais à esquerda da CUT também estava presente, confirmando a divisão da maior central sindical do país.
Eles ficaram de costas para o ministro gritando "pelego" - Berzoini era líder sindical em São Paulo. A situação começou a ficar preocupante e alguns deputados chegaram a pedir o fim da audiência, temendo casos de agressão física, já que no local não havia seguranças ou agentes da Polícia Federal.
Após a situação ser controlada, deputados e representantes de sindicatos começaram a inquirir Berzoini, acusando a reforma sindical de ser fruto de uma negociação pouco democrática, que privilegia o empresariado. "Vocês têm que ler mais, ver o quanto o empresariado está reclamando, inclusive nos jornais de hoje (ontem). Essa acusação de que a reforma é pelega não tem fundamentação", afirmou Berzoini. O ministro também esclareceu que a reforma sindical foi construída em um fórum tripartite, com a participação das centrais sindicais, de entidades patronais e do governo.
A reforma sindical tem agora três frentes distintas de oposição: do sindicalismo de extrema esquerda, do sindicalismo burocrático e sem representação e do empresariado. "Sabemos que muitos dos críticos da reforma são corporativos, mas vamos nos unir a todos para aumentar a nossa frente", afirmou José Maria Almeida, presidente do Conlutas e do PSTU.
O Conlutas possui três principais críticas: a possibilidade de acordos em todos os níveis sindicais - o que impediria que as bases analisem os temas fechados -, cria dificuldades para greves ao permitir que todas as empresas contratem trabalhadores extras para não parar suas atividades e dá funções de órgão de conciliação de conflitos aos representantes dos trabalhadores dentro das fábricas.
Já o sindicalismo burocrático - representado sobretudo pelas federações e confederações de trabalhadores -, é contra o fim do imposto sindical e da unicidade sindical, que na prática significar sua extinção. Os empregadores são contrários principalmente ao aumento de poder de negociação dos sindicatos e a representação no local de trabalho. "A reforma começa a ser hostilizada por todos os lados que devem se unir e podem inviabilizar sua aprovação", afirmou um deputado governista.
Fonte: Valor Econômico Data: 17/03/05

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