CP: Turra diz que RS precisa de um gestor
28/03/2005
Pré-candidato do PP à sucessão de Germano Rigotto, o deputado federal Francisco Turra afirmou ontem que 'o Rio Grande do Sul precisa de um gestor para ocupar o Palácio Piratini'. Citando relatório elaborado pelo Tribunal de Contas do Estado, lamentou que Rigotto venha repetindo erros dos últimos governadores. 'Ele teria de observar com mais cuidado o fluxo das receitas, reforçar os mecanismos de controle fiscal e arrecadação, reduzir a tradicional voracidade da máquina estatal e eleger prioridades', avaliou. Disse que, como em gestões anteriores, a atual administração limita-se à mesmice. 'Vão governando mais por tradição do que pela ciência e pela criatividade. As dificuldades e as questões práticas exigem mais', argumentou Turra.
Apesar de eleito para dois mandatos como deputado estadual e um como federal, Turra argumentou que sempre teve preferência a atividades do poder Executivo. Disse que sua contribuição como parlamentar estará concluída ao final da atual legislatura. Salientou que, ao contrário de disputas anteriores, o cenário projetado para as eleições do ano que vem favorece o PP. Segundo Turra, as disputas de 2004 e de 2002 comprovaram que os eleitores já não se contentam mais em escolher o candidato que ataca ou se defende melhor. 'O PP se fortalece como partido que jamais teve a vocação para a oposição. Sempre fomos um partido voltado a construir', destacou.
Além da decisão de concorrer ao Palácio Piratini, Turra também disputará, em 21 de maio, a sucessão de Celso Bernardi no comando estadual do PP, eleição para a qual conta com o apoio das bancadas do partido na Assembléia Legislativa e na Câmara dos Deputados. Seu mandato como presidente, afirmou, dará prioridade ao aprofundamento do programa de governo que o partido apresentará na campanha e à política de alianças com viabilidade eleitoral. 'Temos que partir para as negociações despidos de vaidades, evitando a repetição de erros passados', ressaltou .
Outro equívoco que seu partido não incorrerá, de acordo com Turra, será a formação de chapa composta só por dirigentes sem mandato ou que estejam há muito tempo afastados das disputas eleitorais. 'Por experiência acumulada, sabemos desde já que não iremos nos posicionar como anti-petistas', acrescentou o deputado federal.
Fonte: Correio do Povo
Data: 28/03/05
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