Rogério Mendelski: GREVE NA FAZENDA
25/10/2005
Os agentes do Tesouro do Estado (ex-auditores e ex-fiscais do ICMS) estão em greve política (se é que isso existe na legislação) porque exigem a criação de uma Secretaria da Receita Estadual com autonomia financeira e administrativa. Tal fato já foi denunciado nesta coluna, pois a pretensão, agora escancarada, se refere a uma Tributadoria Pública Estadual. Os grevistas querem, simplesmente, se transferir para uma república fiscalista gaúcha com plenos poderes para “prender e arrebentar”, como diria o falecido presidente Figueiredo. Exageros à parte, são exigências absurdas, que virariam, de cabeça para baixo, o organograma funcional do RS. O governo estadual não pode ceder a essa pressão, que é descabida e que não seria suportada. Na verdade, os agentes grevistas querem se transformar em super-funcionários, operando um orçamento próprio como se fosse um poder constitucional nos níveis do Judiciário, do Legislativo e do Ministério Público. E, é claro, o governador Germano Rigotto não vai aceitar tal imposição. Os agentes do TE já estão entre os servidores mais bem pagos do Executivo. Recentemente, o governador Rigotto criou o Fundo de Reaparelhamento da Fazenda e aumentou os rendimentos do pessoal com o Prêmio de Produtividade. Por isso mesmo é que a greve é injusta e não é contra o governador Rigotto, mas contra os contribuintes estaduais. Como contribuinte, o colunista quer saber se os grevistas serão descontados dos dias parados que trazem prejuízo às finanças estaduais.
Fonte: O SUL
Data: 25-10-05
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