Preço da gasolina volta ao debate
09/01/2006
Apesar de já terem prestado depoimento à CPI dos Combustíveis, representantes das distribuidoras e dos revendedores de combustíveis devem ser chamados novamente à Assembléia Legislativa para tratar do preço da gasolina. A idéia é do presidente da comissão, deputado Kanan Buz (PMDB).
O deputado disse ontem não estar satisfeito com os valores cobrados nos postos. Para ele, a redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 29% para 28% e a revisão do preço presumido para cálculo do tributo devido de R$ 2,88 para R$ 2,76 deveriam resultar em benefício ao bolso dos gaúchos.
Os representantes do setor alegam que o aumento do álcool anidro - que representa 25% da gasolina vendida ao consumidor - impediu reduções nos preços. Kanan Buz, porém, calcula que mesmo com o reajuste do álcool o litro da gasolina deveria estar pelo menos R$ 0,04 mais barato.
- O Estado já fez sua parte ao reduzir o preço presumido, que era a grande queixa do setor. Vamos fazer um apelo aos representantes das distribuidoras e dos revendedores para que seus sócios contribuam com a sociedade gaúcha e reduzam o preço da gasolina - afirmou o deputado.
Kanan Buz pretende ouvir outra vez o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom) e o Sindicato dos Revendedores de Combustíveis e Lubrificantes do Estado (Sulpetro). A relatora da CPI, Leila Fetter (PP), vê com simpatia a proposta do presidente, mas sugere que a comissão discuta e organize uma lista de questões ainda sem resposta antes de chamar as entidades.
Na quarta-feira, a CPI vai receber representantes do Sindicato dos Petroleiros, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo e do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).
Um possível depoimento do secretário estadual da Habitação, Alceu Moreira, ainda não tem data confirmada. Ele foi envolvido por um ex-assessor no suposto favorecimento a uma distribuidora de combustíveis.
Fonte: Zero Hora
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