Partidos fazem últimas propostas contra crise
18/05/2006
No segundo dia de seminário dos partidos, PTB, PFL, PSDB e PC do B apresentaram ontem sugestões para o enfrentamento da crise do Estado, em reunião do Pacto pelo Rio Grande, no plenarinho da Assembléia Legislativa. Hoje, a primeira etapa de discussão do pacto pelos partidos se encerra com o seminário reunindo PSB, PPS e PL, a partir das 9h.
Ontem, o presidente do Instituto Solon Tavares, do PTB, Ivandre Medeiros, afirmou que o sucesso da iniciativa depende do diálogo. 'O pacto só será construído se as pessoas entenderem suas idéias como importantes, mas também souberem escutar e compreender as demais propostas', avaliou.
Medeiros citou como prioridades a repactuação da dívida com a União e o pagamento dos créditos do Estado, revisão do pacto federativo, acordo com os poderes visando programa de emergência e a elaboração de orçamento real. Para modernizar a administração, o PTB propôs o estabelecimento de 'governo transversal, solidário, transparente e focado em resultados'.
O representante do PFL, Eduardo Merlin, destacou que o excesso de identidade regional e a localização afastaram os gaúchos do centro político do país. 'A história do Estado é marcada pelo antagonismo ao poder central, deixando o povo pouco flexível a mudanças', ressaltou Merlin. O presidente do Instituto Teotônio Vilela, do PSDB, Aod Cunha de Moraes Junior, propôs a adoção de sistema estadual de irrigação, programa de capacitação para a redução da pobreza urbana e rural, medidas para zerar o déficit em dois anos, a criação de fundo para pagamento das aposentadorias, a alteração do sistema do caixa único.
O secretário de formação política do PC do B, Carlos Niedersberg, disse que não há como situar a crise econômica do Estado fora de projeto nacional. Niedersberg sugeriu como soluções o término das distorções salariais entre os poderes, a revisão das terceirizações, o enfrentamento à sonegação e o fim da renúncia fiscal. Defendeu ainda maior integração ao Mercosul e a diversificação das cadeias produtivas.
Fonte: Correio do Povo
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