Rosane de Oliveira: Condenado ao fracasso
23/05/2006
Perto do que se viu ontem na Assembléia, o boicote dos empresários ao Pacto pelo Rio Grande não é nada: não há conversa possível com o Judiciário, o Ministério Público e o Tribunal de Contas. A idéia dos deputados é buscar caminhos para consertar as finanças do Estado. Qual é a proposta do Judiciário, do Ministério Público e do Tribunal de Contas? Gastar mais.
Na lista de sugestões apresentadas pelas três instituições para tornar a máquina mais eficiente está a contratação de mais funcionários. O Judiciário e o Ministério Público, que recentemente conseguiram a criação de milhares de vagas para cargos de confiança, não especificam em que regime devem ser feitas as contratações. O Tribunal de Contas menciona concurso público.
Junto com a Assembléia, os três estão no topo da pirâmide salarial e, até agora, seus funcionários não sentiram na pele o que é receber o 13º salário por meio de um empréstimo, como os do Executivo. Tampouco sofrem restrições parecidas com as do Executivo no quesito investimentos.
Uma declaração do subprocurador Cláudio Barros Silva dá bem a idéia da impossibilidade de o diálogo resultar em entendimento:
- O Estado contraiu a dívida e agora querem que o MP pague a conta? Isso é inviável. A não ser que aumentem nosso orçamento.
Judiciário e Ministério Público se comportam como se gerassem receita e não tivessem qualquer compromisso com o equilíbrio das contas. Nunca é demais lembrar que a fonte é uma só - o dinheiro dos impostos.
Fonte: Zero Hora
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