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"Faltaram fé, dedicação e vontade de conduzir o projeto"

21/06/2006
À frente da consultoria que ajudaria o Estado a encontrar caminhos para superar a penúria financeira, o consultor Vicente Falconi cobrou a falta de "vontade" do Piratini para que o trabalho funcione. O trabalho da consultoria deve estar concluído no próximo mês, mas sem alcançar as metas inicialmente projetadas.
Na manhã de ontem, Falconi falou a Zero Hora depois de fazer palestra para integrantes do projeto Pacto pelo Rio Grande em Porto Alegre. A seguir, os principais trechos da entrevista:
Zero Hora - Quais eram as metas para superar a crise financeira do Estado e o que não foi cumprido?
Vicente Falconi - A redução de despesa prevista inicialmente era de R$ 195 milhões. Acabou projetada, no entanto, em R$ 130 milhões. Mesmo assim, somente uma parcela foi alcançada, cerca de R$ 49 milhões do total até fevereiro de 2006 (a Fazenda estimou redução de R$ 60 milhões até maio). Os resultados têm sido parciais. O instituto atribui isso a uma liderança não-efetiva das pessoas encarregadas na Secretaria da Fazenda.
ZH - Por que o resultado está abaixo do planejado?
Falconi - Faltaram fé, dedicação e vontade de conduzir o projeto. Muitos dos planos de ação não foram executados. Se você tem um chefe de departamento que não executa ações, não acontece nada. Caso outro faça o que deve fazer, esse irá alcançar a meta. A metodologia não lidera. Ela ajuda a montar o plano, mas não faz as pessoas trabalharem. Os funcionários também devem ser treinados.
ZH - Houve descaso do governo do Estado?
Falconi - O problema é a liderança fraca. O Estado como um todo deve sinalizar que há um desejo forte. Governador e secretários devem atuar muito fortemente. O que foi feito aqui foi muito similar ao realizado em Minas Gerais, onde não foi preciso nenhum pacto.
ZH - O Rio Grande do Sul já poderia ter zerado o déficit público como os mineiros?
Falconi - Certamente. Se houvesse uma liderança efetiva, poderíamos estar bem adiante de onde estamos. Em alguns lugares, as mudanças ocorrem mais rápido. Em Minas, a vantagem é que o governador Aécio Neves (PSDB) se comprometeu antes de ser eleito. A situação era muito pior do que no Rio Grande do Sul. Em um ano e meio, conseguimos o equilíbrio fiscal porque houve vontade e decisão. No Rio Grande do Sul, a metodologia entrou no meio da gestão. As pessoas já tinham seus esforços e sua agenda prontos. Estão fazendo 50% do que poderiam.
ZH - Como superar essa dificuldade?
Falconi - As pessoas precisam compreender que têm de fazer força, ter meta fixa e ter o sonho de fazer o equilíbrio fiscal do Estado. É trabalho duro mesmo. Não é só um ou dois que devem correr atrás. É preciso criar o clima de sinalização de que é para valer. Os líderes do Estado devem mostrar que querem que as coisas aconteçam, participar das reuniões e cobrar os funcionários. O pacto forma uma opinião pública que pode resultar em uma liderança forte para que as coisas sejam executadas. Isso é o que queremos.
ZH - Por que a prefeitura de Porto Alegre está conseguindo um melhor desempenho quando comparada ao Estado?
Falconi - Os resultados são excelentes porque o prefeito José Fogaça e os secretários municipais representam uma liderança efetiva, desde o início da gestão em 2005. Eles estão indo muito bem.
ZH - Como o futuro governador irá receber o Estado?
Falconi - O maior problema é o desequilíbrio fiscal. Temos de focar nossos esforços e intenções para fazer esse equilíbrio entre receita e despesa, como qualquer dona de casa. Caso contrário, não haverá recursos para educação, saúde e segurança pública.

Frase "Muitos dos planos de ação não foram executados. Se você tem um chefe de departamento que não executa ações, não acontece nada. Caso outro faça o que deve fazer, esse irá alcançar a meta."
Fonte: Zero Hora

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