Rosane de Oliveira: Sinais contraditórios
05/07/2006
Um dia depois de a Assembléia divulgar o esboço do que pretende ser um pacto para tirar o Estado do atoleiro, os líderes aprovaram a votação de projetos que podem mandar pelo ares todo o esforço de entendimento.
Se o plenário aprovar o reajuste salarial para servidores do Judiciário, do Ministério Público e do Tribunal de Contas, estará aumentando em R$ 46 milhões os gastos com pessoal.
Com que moral os deputados exigirão mais sacrifícios da sociedade, se elevarem os salários dos servidores que ocupam o topo da pirâmide salarial?
O Piratini tenta evitar a aprovação do projeto, mas a verdade é que seus líderes cochilaram, dando acordo para votação em regime de urgência, pedida pelo deputado Giovani Cherini (PDT).
Com outro nome
Com perspectiva de retomar o poder, o PT não quer correr o risco de, em caso de vitória, começar o governo atrasando salários.
É isso que explica a defesa da "manutenção dos níveis de arrecadação do ICMS", que o deputado Raul Pont não quer ver confundida com "apoio ato tarifaço do governo Rigotto". O PT insiste em mudar a "matriz tributária".
Aliás
Se uma das propostas do Pacto pelo Rio Grande é manter as atuais alíquotas de ICMS, onerando o contribuinte, é inaceitável aumentar gastos com pessoal.
Fonte: Zero Hora
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