Rosane de Oliveira: Em nome do Pacto
06/07/2006
Prevaleceu o senso de responsabilidade e os líderes dos partidos na Assembléia fecharam acordo transferindo para mais adiante a votação dos projetos de reajuste salarial dos servidores do Tribunal de Contas, do Judiciário e do Ministério Público. O aumento, que elevaria os gastos com pessoal em R$ 46 milhões anuais, seria a pá de cal no Pacto pelo Rio Grande, justo agora que os empresários concordaram em sentar-se à mesa para conversar.
O Pacto ainda não é um projeto acabado. Se os empresários boicotarem, está fadado ao fracasso. Na fase de ajustes, deve entrar a proposta de manutenção das atuais alíquotas de ICMS.
O governador Germano Rigotto se irritou com o cochilo da base governista que quase permitiu a votação do projeto de reajuste salarial. Qualquer um dos líderes poderia ter impedido o acordo, mas só depois de aprovado é que os aliados do Palácio Piratini souberam o tamanho do estrago que a aprovação provocaria. Diante das reações negativas, não restou outra saída para os deputados senão empurrar a votação para o futuro.
A audiência pública entre empresários e deputados na manhã de ontem deixou claro que, mais do que vencer resistências externas, o Pacto pelo Rio Grande precisa conquistar adeptos dentro da Assembléia. Contam-se nos dedos os deputados que participaram da reunião.
Às propostas já conhecidas sobre gestão pública, os empresários agregaram mais uma: a de abertura das contas da Secretaria da Fazenda.
Fonte: Zero Hora
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