ONG administrará a Agenda Estratégica dos empresários para o Estado
12/07/2006
As lideranças envolvidas na formulação da Agenda Estratégica do Rio Grande do Sul não confirmam, mas é forte a tendência de que seja criada uma entidade específica para acompanhar o andamento dos pontos levantados nos debates.
A nova Organização Não Governamental (ONG) se encarregaria de dar continuidade aos compromissos firmados anteriormente e medir o impacto das iniciativas no Estado. Caso seja acatado, o modelo de gestão iria ao encontro de fórmulas adotadas com sucesso em países como Irlanda e Chile, onde novas associações surgiram para monitorar as reivindicações da sociedade civil. "A gestão será feita por um comitê executivo representado por todos envolvidos nos debates e terá o compromisso de acompanhar os resultados", explica o coordenador técnico da Agenda, Ronald Krummenauer.
A proposta de criar um órgão independente ganhou força na reunião entre as lideranças ocorrida na manhã de ontem, na Fiergs. Outra alternativa discutida foi a de repassar o controle da Agenda para uma entidade já existente. Nesse caso, um novo encontro escolherá pelo órgão e trabalhará em sua adequação. "O importante é que o modelo de governança garanta a continuidade dos projetos previstos na Agenda", completa. A decisão deve sair em agosto.
O encontro de ontem também serviu para traçar os últimos detalhes de propostas que provavelmente serão incluídas no projeto definitivo. Os tópicos que estão mais adiantados se referem a ações voltadas à área social - que independem da conivência de governos. Foi aprovada por unanimidade a necessidade de integrar os serviços de ONGs que atuam em áreas similares. "Seria uma forma de fortalecer os trabalhos e ampliar a abrangência das atividades", explica Luis Carlos Barbosa, diretor da Força Sindical no RS e um dos participantes do projeto. Outra proposta bem aceita foi a criação de um mapeamento para ajudar as empresas a identificar a ações sociais mais adequadas conforme sua região.
Já os debates para levantar sugestões de melhorias para a gestão pública ainda caminham a passos lentos. Ainda não se definiu, por exemplo, qual será o modelo de reforma previdenciária que entrará na Agenda. Também não estão definidas as alterações que serão propostas no ensino público gaúcho e na segurança. Diante das incertezas, foi marcada para o próximo dia 20 uma nova reunião para tratar desses temas.
Jornal do Comércio
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