ÁREA RESTRITA    
Login    Senha   
Página Incial
Técnicos Tributários participam de assembleia conjunta dos servidores públicos
Em coletiva de imprensa, Afocefe apresenta proposta para Estado superar acrise
Afocefe apresenta ao presidente da Assembleia Legislativa estudo que aponta saída para crise
NEWSLETTER
Assine a newsletter do AFOCEFE Sindicato e receba notícias por
e-mail:
Nome:
E-mail:
Notícias

Assembléia corta despesas do Estado

14/07/2006
O acordo possível

A Assembléia Legislativa aprovou ontem um conjunto de medidas de contenção de despesas que ajudarão o futuro governador a zerar o déficit fiscal do Estado nos próximos quatro anos ALEXANDRE ELMI
Poucos viram o choro do deputado Cézar Busatto (PPS) assim que ele concluiu o anúncio das medidas com as quais o Pacto pelo Rio Grande quer ajudar a zerar o déficit fiscal do Estado. O desabafo expressou as pressões enfrentadas pelo coordenador técnico do movimento nos últimos dias até chegar à proposta final que abandonou a ousadia original em troca de um pacote possível de controle de gastos até 2010.
Já desfalcado da idéia inicial de prorrogar a vigência do aumento de alíquotas do ICMS aprovado no final de 2004 - tripudiada por bancadas e por entidades empresariais -, o pacote final também teve de deixar para trás a proposta de congelar o Orçamento do Judiciário, do Ministério Público, do Legislativo e do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Ficou acertada uma correção de 3% nos gastos de pessoal de todos os poderes nos próximos quatro anos para garantir o crescimento vegetativo da folha salarial. A limitação deixou furiosas as entidades do funcionalismo - que temem um ciclo de arrocho - e não conta com o aval dos chefes dos poderes.
- Sabemos da resistência, mas o espírito agora é de sacrifício - explicou o presidente da Assembléia Legislativa, Fernando Záchia (PMDB).
As propostas foram incluídas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2007 na forma de uma emenda. O texto completo da LDO foi aprovado por 45 votos a zero no plenário, depois de a votação ter sido adiada por duas vezes. Para chegar a um acordo, a cúpula do Pacto redesenhou as propostas à exaustão. Chegou a aceitar um reajuste de 5% nos orçamentos dos poderes, mas a concessão foi condenada por bancadas defensoras de um ajuste fiscal mais drástico, entre elas PT e PPS. O embate gerou o percentual final de 3%. O Executivo foi incluído na contenção como um sinal adicional de compromisso com a austeridade.
As conversas para chegar ao texto final nas últimas 48 horas foram duras. O principal duelo nas negociações se deu entre Busatto e o deputado Jair Soares (PP). O coordenador técnico do Pacto acusava o ex-governador de emperrar as negociações sempre em defesa dos interesses dos poderes. Jair criticava a insistência de Busatto de tentar chegar a um acordo sem o consenso, o que desfiguraria a idéia do Pacto. Nenhum dos dois escondia a irritação.
- Se o Pacto fracassar, o fracasso terá um nome - afirmou Busatto, insinuando que a culpa seria de Jair.
- Ele (Busatto) precisa ir ao dicionário ver o significado da palavra "pacto" - disse Jair.
A inclusão das propostas na LDO - entre elas a fixação de um teto salarial e a criação imediata de um Fundo Previdenciário para os novos servidores - não encerra as ações do Pacto. O documento final terá, por exemplo, o compromisso político de lutar em conjunto pela renegociação da dívida do Estado com a União.
( alexandre.elmi@zerohora.com.br ) O impacto das medidas Projeção para o resultado orçamentário do Estado com a implementação das medidas aprovadas ontem na Assembléia Legislativa 2007 Déficit de R$ 887 milhões 2008 Déficit de 386 milhões 2009 Superávit de R$ 286 milhões 2010 Superávit de R$ 983 milhões Como ficou o Pacto Derrubado - Não foi aceita a prorrogação da vigência das alíquotas de ICMS para combustíveis, telefonia e energia elétrica que tinham sido elevadas em 2004. A mais polêmica das propostas do Pacto sofreu desde o início a resistência das bancadas de PDT, PP, PT e PSDB. Também foi repudiada pelas entidades empresariais. Com o fim da vigência, o Estado deixa de arrecadar R$ 500 milhões por ano. Mantido - O Executivo não poderá solicitar a abertura de créditos suplementares ao Orçamento - novas autorizações para gastos - com base em previsões ou tendências de excesso de arrecadação. O crédito suplementar só será autorizado depois do ingresso real da receita. Mantido - Até hoje, o Executivo propunha o Orçamento com receitas de difícil recebimento e depois tinha de anunciar um corte nas despesas enquanto o dinheiro não entrava. O Orçamento de 2007 deverá ser diferente: será elaborado já com a identificação de despesas condicionadas às receitas duvidosas. As despesas ficam congeladas e só serão liberadas se as receitas se confirmarem. Mantido - Ficam proibidas a prorrogação ou a renovação de contratos de incentivo do Fundopem e do Integrar/RS. Os dois mecanismos são usados para a atração de empresas. Houve pressão para que a proposta fosse derrubada, por temor de que significasse quebra de contratos, mas acabou permanecendo no acordo final. Alterado - O período de vigência do acordo vai até o final de 2010. O prazo inicial era até 2008, mas foi estendido para compensar as concessões financeiras que foram feitas para se chegar a um acordo. Alterado - Ficou autorizado um aumento de 3% nas despesas de pessoal dos poderes para garantir o crescimento vegetativo da folha salarial. O percentual será aplicado aos valores efetivamente gastos entre julho de 2005 e junho de 2006. A proposta inicial era congelar as despesas. Os poderes pretendiam pedir 10% de reajuste no Orçamento de 2007 e não concordaram com o texto final. Mantido - Implementação de um teto salarial. Embora os coordenadores do Pacto tenham divulgado que seria um teto único de R$ 22.111,25 - como previa a emenda à Constituição Estadual de autoria de Jair Soares (PP) -, cada poder aplicará o seu limite. Derrubado - Corte de 20% no número dos cargos em comissão. A alternativa foi abandonada porque poderia configurar uma interferência na autonomia administrativa dos poderes. Mantido - Implementar imediatamente o Fundo de Previdência para os novos servidores. O Piratini sinalizou a intenção de implementar o fundo ainda este ano. Judiciário e Ministério Público têm divergências quanto ao formato que terá o fundo. Mantido - Publicação a cada quatro meses das despesas com pessoal por poder, apontando as vagas existentes, o total de cargos preenchidos e o gasto com funcionários efetivos e CCs. Mantido - Anistias fiscais decorrentes de programas de recuperação de dívidas - como o Refaz - ficam proibidas
Fonte: Zero Hora

VOLTAR
Print

Em construção

Rua dos Andradas, 1234, 21º andar - Porto Alegre/RS - CEP 90.020-008
Fone: (51) 3021.2600 - e-mail: afocefe@afocefe.org.br