Collares anuncia combate à informalidade
18/08/2006
Sem papas na língua. Assim esteve o candidato do PDT ao Piratini, Alceu Collares, nos seis minutos de entrevista ontem ao Jornal do Almoço, da RBS TV. Penúltimo entrevistado da série que se encerra hoje, Collares não mediu esforços para atacar seus adversários.
O principal alvo foi o governador e candidato à reeleição, Germano Rigotto (PMDB). O pedetista prometeu não aumentar impostos e promover ações para reduzir a informalidade a fim de incrementar a arrecadação.
- O último que aumentou impostos foi Rigotto. Ninguém mais agüenta - disse.
Collares destaca o combate à informalidade como uma das saídas para reduzir a crise financeira do Estado. Ele prometeu efetuar políticas atrativas para as empresas que trabalham sem registros e revisar critérios de renúncias fiscais.
Collares também não poupou Rigotto quando o tema abordado pelos apresentadores Elói Zorzetto e Daniela Ungaretti foi a renegociação da dívida do Estado com a União. O pedetista prometeu maior empenho para cobrar do governo federal o ressarcimento das perdas causadas pela Lei Kandir, que prevê uma compensação aos Estados que deixam de cobrar ICMS nas exportações. Collares criticou as negociações feitas entre Rigotto e o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci.
- Ele (Rigotto) foi várias vezes lá (Brasília) e foi enrolado por Palocci. Que se sabe que Palocci não era flor que se cheirasse. Era um grande criminoso - disse o pedetista, referindo-se a inquéritos abertos contra o ex-ministro pela Polícia Civil de São Paulo e pela Polícia Federal.
Collares garantiu que a segurança será a área que mais receberá investimentos:
- Vamos nomear tantos brigadianos quantos forem necessários.
( iara.lemos@zerohora.com.br )
Promessas de Collares
Ajuste entre receitas e despesas
"Aumento de impostos ninguém agüenta mais. O último que aumentou impostos foi Rigotto. Ninguém mais agüenta. Temos é de combater a informalidade, que ataca pelo menos 15% dos contribuintes. São cerca de R$ 20 bilhões que deixam de ser cobrados."
Renegociação da dívida
"É preciso haver pressão social, o que não houve com Rigotto. Ele poderia ter cobrado a Lei Kandir, que está devendo R$ 11,5 bilhões pelo ressarcimento do ICMS que não é cobrado sobre os produtos (exportados). Ele foi várias vezes lá (Brasília) e foi enrolado pelo Palocci (Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda). Que se sabe que Palocci não era flor que se cheirasse. Era um grande criminoso."
Redução dos gastos
"É evidente que tem de cortar, no mínimo, 50% dos CCs. Temos de cortar gastos e controlar despesas. Por exemplo, o problema da energia elétrica e dos combustíveis. É preciso estar na mão e na cabeça do governador que esse dinheiro é do povo, não se pode gastar."
Segurança
"Há 40% de déficits materiais e humanos na segurança pública. A segurança vai ser, com certeza, prioridade das prioridades. Vamos nomear tantos brigadianos quantos forem necessários para fazer uma segurança pública na plenitude. É o único setor no qual quero fazer grandes dotações de investimentos para dar ao povo do Rio Grande aquilo que merece: segurança.
Agende-se
Termina hoje a série de entrevistas dos candidatos ao governo do Estado ao JA, às 11h40min: Hoje Germano Rigotto
Fonte: Zero Hora
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