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\"As empresas sonegadoras precisam ser cobradas\"

22/09/2006
22/09/2006 O leitor entrevista: Roberto Robaina (P-Sol), candidato ao Piratini
Foi em Buenos Aires, onde morou como representante internacional do PT, que Roberto Robaina adquiriu o hábito de frequentar cafés.
- Lá tudo é feito em cafés - disse o candidato a governador do P-Sol.
A proximidade da produtora onde grava os programas eleitorais levou o candidato a escolher um café no centro de Porto Alegre para responder às perguntas feitas pelos leitores de Zero Hora. Em 45 minutos de entrevista, Robaina bateu no mesmo ponto: é preciso cobrar as empresas sonegadoras e reduzir a dívida estadual. Confira os principais trechos:
SEGURANÇA
José Gonçalves, comerciário (Canoas)
Como serão feitas melhorias na segurança, já que menores de 18 anos são favorecidos, mas podem votar. A responsabilidade aos 16 anos não seria uma saída?
Robaina - Não adianta resolver os problemas de segurança reprimindo e tratando os adolescentes como se eles fossem marginais. Reprimir os menores não é a saída.
INFRA-ESTRUTURA
Lairton Scheffer, estudante (Rio Grande)
Como solucionar a falta de infra-estrutura básica e, principalmente, resolver os problemas da favelização das cidades gaúchas?
Robaina - Não somos vendedores de ilusão. A crise no Estado não vai se resolver se não tiver uma mudança nacional. Para investir em habitação, em saúde, reduzir o arrocho salarial do funcionalismo público, criar demanda interna para que haja o aumento da produção estadual, é preciso ter uma política de investimento, tirando dinheiro de onde ele está. As empresas sonegadoras precisam ser cobradas, a dívida estadual precisa ser atacada.
ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO
Dario Dias Jacobsen, educador (Sapucaia do Sul)
Como o senhor pretende reduzir a carga tributária sem comprometer o funcionamento do Estado?
Robaina - A carga tributária no Rio Grande do Sul já é bastante alta. Não se trata de reduzir a carga, trata-se de fazer com que a arrecadação seja devolvida para a população em serviços. Atualmente, do que o Estado arrecada, uma parte importante vai para Brasília para o pagamento da dívida estadual.
Jorge Espindola, funcionário público (Canoas)
Quando e como será revista a situação salarial do funcionalismo estadual?
Robaina - Tem de cortar cargos de confiança, tem de aumentar salários, tem de cortar no teto. Tem de cortar em cima e aumentar em baixo.
João Daniel Gallas, vendedor (Pelotas)
O senhor tem projeto voltado para a diminuição dos cargos de assessores em todos os níveis e poderes?
Pereira - Queremos terminar com os CCs. Todas as funções desses cargos de confiança, pelo menos em sua esmagadora maioria, podem ser garantidas de modo muito mais eficaz por funcionários de carreira.
DESENVOLVIMENTO
Omar Uequed, comerciante (Canoas)
Como tratarão as empresas interessadas em se instalar no Estado?
Robaina - Não somos a favor da guerra fiscal e não achamos que empresas multinacionais tenham de receber isenção fiscal. Nós queremos que as empresas venham. Em vez de ficarmos pensando em quantas empresas vamos atrair temos em primeiro lugar de pensar em evitar que as empresas fechem e desempreguem.
AMBIENTE
Elisabeth Karam Guimarães (Porto Alegre)
Gostaria de ter uma posição quanto à preservação do Pampa ou à liberação do patrimônio ambiental para grandes empreendimentos econômicos.
Robaina - Isso é parte desta grande crise. É essa vergonha de campanha que diz que a parte sul do Estado terá seus problemas resolvidos com a plantação de eucaliptos. Os cientistas da UFRGS já disseram que isso vai resultar numa desertificação do local. Tudo isso para garantir o enriquecimento de empresas multinacionais de papel e celulose que não produzem mais nos seus países de origem.
EDUCAÇÃO
Andrea Katia Meller, pedagoga (Santa Maria)
Sou graduada em Pedagogia e especialista em educação. Há seis anos sou formada e não consigo emprego na minha área de formação. Existem muitos estágios no lugar de profissionais, existem pessoas sem formação exercendo funções pedagógicas e educacionais. O que o senhor tem a dizer sobre o assunto?
Robaina - Esse caso dela é quase generalizado, nós temos inúmeros casos de pessoas qualificadas que não têm emprego. A pessoa acha que quem está tirando o emprego dela é uma pessoa menos qualificada, mas é que a pessoa menos qualificada também tem o direito de trabalhar. O problema é que falta trabalho.
Eder Cezar (Vera Cruz) e Luzi Lene Flores Prompt (Porto Alegre)
Como resolver a falta de professores nas escolas, se existe um banco de concursados aguardando ser chamados e pessoas trabalhando com contratos emergenciais?
Robaina - É uma forma de precarizar o ensino. em vez dos concursos, ficam sempre improvisando. Quando há demanda, fazem contratos emergenciais.
ESTRADAS
Moisés Pedone, vereador (Mostardas)
Estou preocupado com a RST-101, que dá acesso a nossa região. O que pretende fazer para a recuperação de nossas estradas?
Robaina - Os investimentos hoje não conseguem nem duplicar as estradas, eles conseguem manter as estradas como estão. Se a situação continuar como está, nós vamos piorar a infra-estrutura, estradas, portos, energia. É preciso uma mudança brusca no cenário.
CONSUMO
Ísis Greco, estudante (Uruguaiana)
Qual seu plano para baixar o preço dos combustíveis?
Robaina - É preciso uma mudança global. A carga tributária é alta, mas se os governos continuarem sendo governos que arrecadam do povo para entregar para o capital financeiro, nada vai melhorar.

Zero Hora

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