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As cabeças das finanças

09/10/2006
Dois economistas integram o núcleo das coordenações das campanhas dos candidatos que seguem na disputa pelo governo do Estado, representando as coligações lideradas pelo PSDB e pelo PT
Há surpreendentes semelhanças nas propostas econômicas dos dois candidatos ao governo do Estado. Apoio à inovação tecnológica, à reconversão de atividades agrícolas, à produção de biodiesel e ao produtor rural estão entre os pontos comuns, assim como o fim da anistia fiscal. Sobre incentivos, por exemplo, o programa de Yeda Crusius é mais explícito do que o de Olívio Dutra - e, pelo menos por escrito, mais polêmico. Enquanto o PSDB avisa que vai propor "redução de fruição" - o que quer dizer que as empresas teriam de pagar mais ao Fisco, o PT menciona um genérico "combate à sonegação e à renúncia fiscal".
Zero Hora apresenta aqui dois integrantes das coordenações de campanha, não por coincidência dois economistas. Um deles provavelmente será o próximo secretário da Fazenda - um cargo que promete pouco além de noites maldormidas para o próximo ocupante. Aod Cunha de Moraes Júnior, um dos coordenadores da campanha de Yeda, já citado publicamente pela candidata para a missão, garante que nada está definido. Arno Augustin, o coordenador da campanha petista, rebate dizendo que quem escolhe secretariado antes da hora perde a eleição.
Aod Cunha de Moraes Júnior 38 anos, economista pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), auditor de finanças da Fazenda estadual, foi assessor especial do governo Antônio Britto. No atual governo, foi presidente da Fundação de Economia e Estatística (FEE) de 2003 até maio deste ano, quando se afastou para coordenar a campanha de Yeda, que havia sido sua professora no mestrado em Economia.
Foco no longo prazo
Responsável pelo destaque que a crise estrutural das finanças gaúchas ganhou na eleição, Aod Cunha de Moraes Júnior explica:
- Qualquer proposta para educação, saúde ou segurança seria irrealista se não colocasse a questão financeira no centro do debate.
Por avaliar que a crise está no ápice, mas pode chegar a uma situação aceitável em dois anos, o economista avisa que o primeiro ano de governo será "duríssimo". Descarta demissões, mas diz ser preciso aumentar a produtividade para não repor aposentados. Sobre a diferença entre a proposta de "redução da fruição de incentivos" e a negociação proposta no governo Olívio com a Ford, afirma:
- Vamos propor que as empresas recebam os benefícios num prazo maior, mas os contratos serão mantidos. Se uma das partes não aceitar, fica o previsto. No caso Ford, havia regras que o governo não cumpriu.
O que diferencia
"O estímulo às cadeias produtivas, o aumento do valor agregado na exportação e a implantação de pólos tecnológicos. Nosso principal eixo é buscar equilíbrio ao desenvolvimento do Estado, cuja participação no PIB nacional não variou muito de 8%, mas tem oscilações fortes demais. Nos diferencia o método: planejamos mais a longo prazo. Finalmente, não diferenciamos as empresas entre grandes e pequenas."
Ponto crítico: privatização
"O governo Yeda não vai privatizar nenhuma estatal, seja Banrisul, Corsan, Uergs ou Procergs. Estão transformando o discurso do (Paulo) Feijó (candidato a vice-governador) em plano de governo. É uma experiência que o eleitor gaúcho não quer e está desfocada do contexto histórico. Seria suicídio, do ponto de vista da credibilidade, se rompêssemos esse compromisso."
Algumas propostas > Criar uma agência executiva de inovação, ciência e tecnologia > Ter um programa de irrigação > Diminuir a ênfase fiscal da política de atração de investimentos > Disseminar o sistema de Nota Eletrônica

Arno Hugo Augustin Filho 46 anos, economista pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), ex-auditor externo do Tribunal de Contas do Estado, foi secretário municipal da Fazenda de 1992 a 1998. Tornou-se secretário estadual da Fazenda na gestão de Olívio Dutra (1999-2002). Em 2003, assumiu como secretário executivo adjunto do Ministério da Fazenda, onde ficou até agosto de 2004.
Atenção ao emprego
Autor de repetidas tentativas de aprovar uma "nova matriz tributária" para o Estado quando ocupou a Secretaria da Fazenda, Arno Augustin não desistiu da idéia:
- As cadeias produtivas precisam de ajuda estatal para manter desenvolvimento econômico equilibrado e os empregos. É preciso sensibilidade quando setores estão ameaçados.
Segundo Augustin, a melhor tradução para a mudança é redução da carga para os segmentos que mais precisam, e não elevação de tributos, como a proposta foi encarada. Para enfrentar a dramática situação das finanças públicas, conta com a proposta de reestruturação da dívida baseada na contratação de um empréstimo internacional e com a redução no custeio do Estado.
- A principal medida para cortar despesas é melhorar a eficiência, e também ter menos contratação de serviços de terceiros, ter menos consultoria - sustenta.
O que diferencia
"A sinceridade das propostas. O programa que apresentamos à sociedade corresponde aos nossos objetivos reais. Temos resultados para apresentar: quando estivemos no governo do Estado, o crescimento foi de 12%, para a média nacional de 8%. Também nos diferencia o fato de encarar o emprego como prioridade das políticas. Para o projeto adversário, é mais importante falar em emprego do que gerar emprego."
Ponto crítico: Ford
"Nós faremos total esforço para atrair empresas, todo esforço que permita criar empregos. Nessa questão (caso Ford), atribuem ao governo do Estado uma responsabilidade que não lhe corresponde. O fato de a Ford ter ido para a Bahia teve participação ativa da União. Na época, a deputada Yeda não deveria ter votado a favor da medida que deu vantagens à implantação da Ford na Bahia."
Algumas propostas > Sistema Estadual de Inovação > Plano permanente de prevenção de estiagens > Diminuir impostos de produtos de consumo básico e essencial > Condicionar o incentivo fiscal à geração de empregos

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