Cresce pressão sobre a dívida
08/11/2006
Em reunião com o presidente, Yeda irá propor corte de 4% no pagamento
A governadora eleita Yeda Crusius, afirmou ontem, em Brasília, que a renegociação da dívida do Estado com a União será assunto prioritário na audiência que terá com o presidente Lula nos próximos dias. Atualmente, 18% da receita fica comprometida para o pagamento: 13% referem-se a débitos do Tesouro estadual e 5%, à dívida do Banrisul. 'Vou propor que parte do valor que nos obriga a dar 13% da receita por mês seja jogado para o futuro, permitindo que o percentual fique em 9%', explicou, em entrevista ao repórter Fábio Marçal, correspondente do Sistema Guaíba/Correio do Povo. Ela garantiu que direcionará a diferença de 4% para investir no desenvolvimento do Rio Grande do Sul. Segundo Yeda, conversas com intermediários do Planalto sinalizam que o presidente está disposto a ouvi-la. Conforme a tucana, haverá intensificação na discussão de temas de interesse do Estado com a bancada federal gaúcha. A governadora eleita destacou que, ao menos uma vez por mês, indicará secretários para acompanharem reuniões dos deputados ou ela mesma irá aos encontros. Yeda pedirá aos parlamentares que contemplem, por meio de emendas ao orçamento da União para 2007, projeto de irrigação de seu plano de governo. A bancada, segundo ela, demonstra ter consciência da importância de projetos para infra-estrutura e para setores econômicos e de apoio à saúde e à educação. O deputado Mendes Ribeiro Filho, do PMDB, afirmou que ocorrerá novo encontro dos parlamentares com Yeda assim que ela estiver com dados concretos sobre a administração. Ele disse estar confiante na melhoria da relação dos estados com o Planalto. Nos próximos dias, a governadora eleita se reunirá com representantes de PMDB, PTB e PDT para tratar do secretariado de seu governo. Em relação aos partidos que a apoiaram no 1º turno, como PFL e PPS, destacou que encaminhará de forma 'homogênea' a participação deles na gestão.
Correio do Povo – Porto Alegre/RS
|
|
