Governo entrega radiografia do RS
16/11/2006
Todos os projetos em andamento e pendências financeiras serão encaminhados à equipe de transição
O coordenador da equipe de transição do futuro governo, Aod Cunha de Moraes Júnior, receberá amanhã da administração Germano Rigotto a radiografia completa de todos os projetos em andamento no Estado e pendências financeiras que precisam de solução até o fim do ano. O encontro ocorrerá na Secretaria estadual da Coordenação e Planejamento, a partir das 10h. Os partidos aliados passaram o dia de ontem definindo quem indicarão à governadora eleita Yeda Crusius para integrar o grupo de análise. Pelo PP, deverão participar o ex-presidente estadual Celso Bernardi; a vereadora Mônica Leal, que concorreu ao Senado; e Cleber Benvegnu, que coordenou o programa do partido ao governo do Estado. Participarão pelo PTB os secretários da Administração, Pedro Gabril, e de Minas e Energia, José Carlos Brack; e o coordenador da bancada do partido na Assembléia, Ivandre Medeiros. O PPS deverá apresentar Sérgio Camps, secretário-geral do partido; o deputado estadual eleito Paulo Odone; o ex-deputado Mario Bernd e a ex-secretária da Educação Iara Wortmann. Outros nomes ainda estão em análise pelos partidos. O PMDB definirá seus indicados em reunião da executiva estadual, segunda-feira. Aod reforçou, nas conversas com dirigentes partidários, que não deve ser confundida a participação na transição com a formação do secretariado. Entre os assuntos espinhosos do encontro de amanhã estará o envio de projeto pelo governo Rigotto à Assembléia Legislativa que autoriza empréstimo junto ao Banrisul para pagar em dia o 13º salário. O Executivo ainda não sabe se utilizará o mecanismo, porém, por precaução, resolveu que encaminhará a proposta aos deputados. Se optar pelo empréstimo, ficarão pendentes parcelas referentes à dívida e seus juros cobrados pela instituição a serem pagos na gestão de Yeda. Pelos cálculos de técnicos do Legislativo que analisam o orçamento para 2007, a tucana não contará com margem de recursos para honrar os débitos extraordinários. Os juros pagos pelo Executivo ao Banrisul este ano chegaram a R$ 60 milhões. Uma das preocupações do governo é quanto ao empréstimo do 13º salário aos 2.691 funcionários em cargos de confiança. Esses não poderão usar o recurso, pois não estarão mais ligados ao governo estadual a partir de janeiro de 2007. A atual gestão também irá sugerir a continuidade de projetos em andamento e que não deveriam ser extintos em janeiro, para impedir que haja prejuízo aos gaúchos, como programas relacionados à saúde e à segurança pública.
Correio do Povo - Porto Alegre/RS
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