Cenário Político - Carlos Bastos: Aod anuncia economia de guerra
21/12/2006
Numa exposição para colunistas, formadores de opinião e jornalistas, os secretários Aod Cunha, da Fazenda, Daniel Andrade, da Infra-estrutura, e Fernando Schüler, do Governo, e o esposo da futura governadora, economista Carlos Crusius, demonstraram a difícil situação financeira no Estado. Demonstraram não estar assustados para enfrentar o desafio e informaram que será necessária uma economia de guerra nos dois primeiros anos da administração, para alcançar o déficit zero. O remédio amargo deve ser provado por todos os setores da sociedade. Não pode recair apenas sobre o funcionalismo público, ou alguma corporação ou Poder específico, todos deverão participar do esforço para colocar a casa em ordem. E o secretário Aod Cunha foi transparente ao sustentar que só cortando despesas não será possível atingir aquele objetivo. E também fez questão de frisar que a atual situação não é uma herança desta gestão que ocupa o Palácio Piratini, mas vem de vinte ou trinta anos. Com 73% da arrecadação destinada ao pagamento do pessoal, o Rio Grande do Sul se apresenta como o líder absoluto nacional neste quesito. E como conseqüência lógica é o Estado que está na última posição no tocante aos investimentos. No tocante a recursos destinados para pagamento de aposentados e pensionistas, o Estado também se encontra no primeiro lugar.
Decisão sobre ICMS será até sexta-feira
Os integrantes do grupo de transição da futura governadora Yeda Crusius não confirmaram que vai continuar o tarifaço nos combustíveis, energia elétrica e telefonia, nem que haverá um aumento de 1% sobre a alíquota básica do ICMS, mas também não desmentiram. E informaram que se houver uma decisão neste sentido ela terá que ser tomada até sexta-feira. Esta possibilidade, como não podia deixar de ser, provocou uma verdadeira convulsão na Assembléia Legislativa. Há partidos da base aliada visceralmente contrários ao aumento de impostos. E como era de se esperar, o vice-governador eleito Paulo Afonso Feijó assegurou pateticamente que vai para o Palácio Farroupilha caso a proposta de majorar tributos se concretize, pois seria contrariar tudo que foi defendido na campanha eleitoral.
Jornal do Comércio – Porto Alegre/RS
Comentário do Afocefe:
Sobre combate à sonegação, nenhuma palavra.
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