Rosane de Oliveira: Caçador de mitos
17/01/2007
No comando da Secretaria da Fazenda, o economista Aod Cunha tem entre suas missões convencer os gaúchos de que o equilíbrio fiscal exige sacrifício. Aod começou tentando mostrar aos funcionários da Fazenda que algumas soluções não passam de mitos.
O primeiro, na visão do secretário, é dizer que se pode fazer o ajuste estrutural apenas com o corte de despesas. Aod lembra que só com o pagamento de pessoal e os encargos da dívida os gastos chegam a 90% da receita líquida. As despesas de custeio consomem 14%.
Segundo mito: que deve haver redução de gastos, sem atingir as áreas de educação, saúde e segurança. Essas três áreas respondem por 90% dos gastos com pessoal.
Aod aponta como terceiro mito a idéia de que é possível resolver o problema apenas com ações reivindicatórias junto à União. Mostra que, na improvável hipótese de a União atender a todos os pleitos do governo gaúcho, o déficit ainda persistiria.
Mais preocupante é o último: o de que a carga tributária no Estado é alta. Repetindo o discurso da época do pacote, sustenta que a carga do ICMS sobre o PIB coloca o Estado na 22ª posição no ranking de 2005.
Resumo da ópera: o comandante da equipe econômica diz que não há saída fora da combinação corte de gastos, aumento da receita e contenção do crescimento da despesa.
Fonte: zh
data: 17-01-07
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