Rosane de Oliveira: Equação difícil
24/01/2007
Os elogios recíprocos à disposição para o diálogo não são suficientes para que se possa prever um acordo rápido entre o governo e os empresários para aumentar a receita do Estado com medidas que incluem o corte de benefícios fiscais. O governo diz que não existe pacote fechado nem haverá imposição de medidas que ameacem o crescimento do Estado. Em busca dessa fórmula mágica, os secretários Nelson Proença (Desenvolvimento) e Aod Cunha (Fazenda) têm conversado com líderes de diferentes setores da economia gaúcha.
No almoço, ontem, com o presidente da Fiergs, Paulo Tigre, Aod mostrou o que o governo vem fazendo para equilibrar as contas e abriu a discussão sobre vantagens que podem ser suprimidas sem comprometer a competitividade das empresas. Tigre elogiou a clareza de Aod e a disposição para abrir os números da Fazenda.
O empresário aconselhou o secretário a não insistir na proposta de reter os créditos a que têm direito as empresas exportadoras. Advertiu que, se fizer isso, o governo federal se sentirá liberado para não repassar as compensações pelas perdas da Lei Kandir.
A negociação não se restringe às questões de caixa. O presidente da Fiergs propôs, por exemplo, que seja encaminhado à Assembléia o projeto da Lei da Inovação, que São Paulo e Minas já têm, para agregar maior valor aos produtos gaúchos.
MIRANTE
- As despesas com estagiários e com terceirização de serviços estão entre as primeiras que os secretários tentam cortar para atingir a meta de reduzir as despesas de custeio em 30%.
fonte:ZH
24-01-07
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