Porto Alegre intensifica ações de combate.
07/02/2007
Porto Alegre intensifica ações de combate.
JC Contabilidade
A Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio vem intensificando nos últimos anos a atuação na luta contra a pirataria em Porto Alegre. Segundo o secretário Idenir Cecchim, este é um dos principais programas do prefeito José Fogaça. "Nós fazemos o combate na rua, na ponta direta onde são vendidos os produtos piratas. Priorizamos a batalha lá no nascedouro, onde desbaratamos diversos depósitos evitando que essas mercadorias cheguem às ruas", afirma.
Conforme Cecchim, a Smic já conseguiu diminuir a venda de 80% de tênis pirateados, por exemplo. "Ainda restam alguns pontos-de-venda no centro da cidade, mas estamos levantando informações para investigar e fechar todos os locais. Focamos não só os ambulantes, mas também as lojas de fachada, que vendem artigos legais e irregulares, como acontece em muitos estabelecimentos da Voluntários da Pátria."
O secretário destaca que ao longo de 2006 foram apreendidos mais de um milhão de itens, desde material esportivo como tênis e camisetas a CD, DVD e programas de computadores. "Recolhemos no final do ano passado uma verdadeira fábrica onde se editava uma infinidade de programas de pirataria eletrônica. Esse serviço era inclusive anunciado nos jornais. Eles operam numa verdadeira rede. Fabricam, vendem e oferecem telentrega", afirma. Um exemplo recente desse mercado negro é a comercialização do novo software da Microsoft, o Windows Vista, que chegou às lojas na semana passada por R$ 989,00. Nos camelôs, o programa era encontrado por até R$ 15,00.
Cecchim diz que o combate à pirataria é incessante. "Temos que sempre estar atentos, continuando esse trabalho. A pirataria faz mal para todos, inclusive para quem a pratica. Deixa-se de recolher impostos, e o principal mal é tirar os empregos de muita gente. Ao comprar produtos pirateados, não estamos adquirindo artigos feitos por empresas e indústrias que contratam mão-de-obra regularizada." Ele destaca que a prática deve ser combatida em todas as instâncias, nos poderes municipal, estadual e federal.
Para o secretário, é preciso, ainda, conscientizar a população para não adquirir esse tipo de mercadoria. Não só de forma educativa, mas com algum tipo de sanção para aquelas pessoas flagradas comprando esses produtos. Cecchim defende a discussão do preço original de vários itens. "É preciso avaliar porque o valor pago é tão alto. Provavelmente se fosse mais barato muitos não comprariam piratas. Veja o caso de um pai cujo filho quer um tênis de marca, ou a jovem que quer uma bolsa de grife. Nas lojas o preço é exorbitante, por isso recorrem à pirataria. É necessário discutir o crime e o motivo de custos tão altos cobrados pelas mercadorias", garante.
Fonte: Jornal do Comércio
Data:07-02-07
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