Vitor Vieira: SECRETARIA DA FAZENDA DO RIO GRANDE DO SUL PROÍBE O TRABALHO DE SEUS TÉCNICOS
14/02/2007
A situação financeira do governo do Rio Grande do Sul é um desastre total. O déficit do Estado é calculado em cerca de 2,4 bilhões de reais. Nesse quadro, seria muito natural que todo o pessoal da Secretaria da Fazenda estivesse mobilizado em clima de economia de guerra, trabalhando o tempo todo para conseguir mais arrecadação. E fiscalizando sem parar. Pois não é isso que acontece. Ao contrário, os fiscais, que mandam na Secretaria da Fazenda, estão proibindo os técnicos fazendários, maior categoria da pasta, de exercer o seu trabalho. Está marcada para começar às 7 horas desta quarta-feira, prolongando-se até o meio-dia, na ponte sobre o Rio Guaíba, na entrada de Porto Alegre, uma grande operação de fiscalização, envolvendo efetivos da Brigada Militar, da Polícia Civil, da Secretaria da Agricultura, Secretaria da Saúde, Receita Federal e outros órgãos. A operação será realizada em frente ao antigo posto de fiscalização da Secretaria da Fazenda, que foi desativado pelos fiscais e hoje está completamente depredado. Durante o dia de ontem, conforme garantiram várias fontes da Secretaria da Fazenda a Videversus, o titular da Delegacia de Trânsito de Mercadorias da Secretaria da Fazenda em Porto Alegre, o delegado (fiscal do ICMS) Rogério Stamm Thudium, teria telefonado e ordenado que as Turmas Volantes de fiscalização, compostas por técnicos fazendários, não participem da operação. Já se viu coisa igual, um fiscal ordenando que não se fiscalize? Ou seja, ele teria proibido a participação das Turmas Volantes na operação junto com as forças da Secretaria de Segurança. É notório que o fiscal-delegado Rogério Stamm Thudium, ao lado do ex-diretor da Receita Pública da Secretaria da Fazenda, fiscal Luiz Antonio Bins, foram os principais articuladores para o fechamento do Posto Fiscal de Guaíba. A proibição de trabalho dos técnicos fazendários das Turmas Volantes teria sido dada pelo fiscal Rogério Stamm Thudium, por telefone, para o supervisor da Agência Metropolitana de Fiscalização Móvel, Milton Perazzolo Furquim. Até bem pouco tempo, este fiscal trabalhava na Agência de São Gabriel. Conseguiu uma remoção para Porto Alegre e ainda indicação para uma importante chefia, embora precisem ensinar ao novo chefe das Turmas Volantes os nomes das ruas da capital gaúcha. Está compreendido em parte porque as finanças do Rio Grande do Sul apresentam tão espetacular déficit. Os fiscais só querem saber de andar em cadeira de rodinhas em sala refrigerada.
Fonte: Vide Versos de 14/02/07 - Site: www.videversus.com.br
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