ZH Pagina 10: O que virá do campo
17/02/2007
Uma boa notícia para a governadora Yeda Crusius: a desgraça que a seca provocou nas contas públicas do Estado em 2004 e 2005 não se repetirá em 2007. Os produtores gaúchos estão eufóricos com as previsões iniciais de safra. Por conta das perspectivas positivas, a economia do Interior já se move em um ritmo capaz de alegrar qualquer secretário da Fazenda.
Duas culturas fundamentais terão aumento de produção. Os números da Emater da última semana apontavam um salto de 22,63% na produção do milho e de 15,79% na de soja. Os arrozeiros terão uma produção menor do que a do ano passado, mas não sofrerão perdas climáticas. Os preços também estão relativamente estáveis. Haverá renda na mão do produtor e, em conseqüência, consumo.
Os prognósticos atiçam a Fazenda. O problema estrutural das finanças públicas não será eliminado apenas porque o campo e a chuva resolveram ajudar. Impulsionada pelo desempenho do setor primário, a economia do Estado deverá crescer entre 5% e 6% em 2007. Isso quer dizer de R$ 350 milhões a R$ 420 milhões de reforço no caixa estadual por conta de ganhos do ICMS, quase uma folha do funcionalismo.
O secretário da Fazenda, Aod Cunha, está otimista. Não sabe dizer com precisão quanto o Estado ganhará com a nova onda, mas tem uma aposta: o Rio Grande do Sul crescerá mais do que o Brasil, com PAC e tudo.
Data:17-02-07
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