Carnes irregulares ameaçam o rebanho
24/02/2007
Mais uma carga de carne com osso foi interceptada ontem no norte do Rio Grande do Sul, ameaçando a sanidade do rebanho gaúcho. A apreensão ocorreu às 5h, em Planalto.
O caminhão, com placas de Francisco Beltrão, no Paraná, entrou no Estado por uma rota alternativa que não tem posto de fiscalização de ICMS. Cortando caminho por estradas vicinais e pela RS-504, chegou a Planalto, quando foi parado pela Brigada Militar. A nota fiscal indicava que a carga transportada era de frango, mas o uso de um carimbo falsificado de fiscalização do ICMS do Estado despertou a atenção dos policiais.
Chamados ao local, técnicos do tesouro do Estado do posto de Goio-En, em Nonoai, tiveram uma surpresa. No caminhão estavam 15 toneladas de carne bovina e cortes nobres como picanha, tudo com osso.
A entrada de carne nestas condições esta proibida no Estado desde a descoberta de focos de febre aftosa em rebanhos de Mato Grosso do Sul e do Paraná. A determinação é uma forma de evitar a contaminação do rebanho gaúcho pela doença.
A carne seria entregue para supermercados de Cachoeirinha, na Região Metropolitana da Capital. O chefe administrativo do Posto Fiscal de ICMS de Goio-En, Valdecir Bertolo, disse que há preocupação em diversas rotas alternativas na divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul, pela falta de fiscalização.
A veterinária da Secretaria da Agricultura Fernanda Britto Velho observa que não foi identificada a procedência da carne apreendida. Por isso, o caminhão ficou retido no posto fiscal de Goio-En. O destino da carne ainda será definido.
Em duas semanas, 60,9 toneladas de carne bovina com osso que eram transportadas para o Estado foram apreendidas na divisa com Santa Catarina.
Fonte: Jornal Zero Hora de 24/02/07
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