Produtores pedem reunião sobre portaria que impede entrada de carne no RS
13/03/2007
Audiência articulada pela Frenteagro ocorrerá na Expodireto
Aproveitando a interiorização da Assembléia Legislativa em Não Me Toque, produtores rurais de diversas regiões do Estado solicitaram espaço para a discussão sobre a portaria nº15 do governo estadual. Na próxima quinta-feira (15), representantes da cadeia produtiva da carne, deputados e do governo estadual se reúnem na Expodireto-Cotrijal para discutir os efeitos, os benefícios e as desvantagens na manutenção da portaria, que impede a entrada de carne com osso de Santa Catarina, Rondônia e Acre.
Segundo o presidente da Conexão Delta G, entidade que congrega produtores de genética Hereford e Braford, "nós lutamos uma vida inteira por essa portaria, não como barreira comercial mas como qualificação do status do nosso rebanho. Além disso, somos os maiores produtores de carne com origem européia. Nossa condição é única no país, a exemplo do Uruguai, na América Latina, que consegue preço bastante superior no mercado internacional. A condição sanitária gaúcha é mais qualificada. Apoiar a manutenção da portaria é vital para o Estado", disse Adroaldo Pötter.
Até o final da semana, o governo estadual deve se manifestar a respeito da portaria nº15, que vem sendo questionada pelos estados. "O Rio Grande do Sul está bem tranqüilo, até porque não temos problemas de abastecimento interno. Não podemos correr riscos com um novo foco de febre aftosa trazendo carne com osso de outros estados. Vale lembrar que Acre e Rondônia são fronteiriços à Bolívia, que recentemente registrou focos de aftosa. Os produtores dos sindicatos rurais do centro-oeste gaúcho estão mobilizados para participar da reunião de quinta-feira em Não me Toque a fim de pressionar para que o Estado mantenha a portaria nº15.", reforça Ari Sagrilo, do Sindicato Rural de Santiago.
O deputado estadual Jerônimo Goergen (PP), coordenador da Frente Parlamentar Integrada do Agronegócio, destaca que "estamos ocupando todos os espaços, e a segurança sanitária é um tema que nos motiva, inclusive, em estar em Caracas para tentar que a próxima reunião da Comissão Sulamerica de Combate à Febre Aftosa venha para o Rio Grande do Sul. Os interesses do Estado devem ser defendidos com veemência".
Fonte: Assembléia Legislativa
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