Piratini ainda não sabe como pagar funcionalismo
20/04/2007
Seis dias antes do início do pagamento do salário de abril do funcionalismo, o Piratini não sabe novamente de onde vai tirar o dinheiro necessário para honrar a folha de R$ 450 milhões dos servidores do Executivo. Enquanto analisa o comportamento da arrecadação, o governo do Estado encara uma equação difícil de solucionar: como fechar as contas do mês com o acréscimo de R$ 60 milhões para saldar a parcela atrasada dos vencimentos de março dos servidores. Segundo o secretário de Comunicação, Paulo Fona, o governo só terá a resposta na próxima semana, quando entram nos cofres públicos o maior volume de receitas - a arrecadação de ICMS sobre os setores de energia, combustíveis, comunicações e supermercados. Os recursos da Lei Kandir, de ressarcimento pela desoneração das exportações, também devem ser repassados pelo governo federal no final do mês. Estimativas do Sindicato dos Fiscais de Tributos Estaduais (Sintaf) apontam para uma arrecadação de ICMS de R$ 910 milhões, dos quais 25% serão repassados aos municípios. De acordo com o presidente em exercício do Sintaf, João Antônio Almeida Marins, até o momento a arrecadação vem cumprindo as previsões de aumento de 8%. O incremento, no entanto, não muda o cenário do mês passado. Com o acúmulo da segunda parcela dos vencimentos do mês passado, o governo terá de desembolsar cerca de R$ 750 milhões para pagar a folha de pagamento em abril. As despesas com custeio devem fechar o mês sem grandes alterações em relação a março, quando totalizaram cerca de R$ 132 milhões. A parcela mensal da dívida pública é de quase R$ 147 milhões. Às 11h30min de hoje, no Palácio Piratini, a governadora Yeda Crusius divulgará a revisão das metas de receita e despesa do Estado para o ano de 2007.
Zero Hora – Porto Alegre/RS
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